QUESTIONÁRIO TEORIA DA HISTORIA I
Pergunta 1
1. “A História, entre
todas as formas de conhecimento, será sempre essa disciplina – talvez a única
com essa singularidade - que é determinada pelo seu próprio universo de estudos
que, aliás, corresponde também ao seu mesmo nome. Escreve-se a História sobre a
História; e a história produz a História. Essa rica ambiguidade, que só
pertence à História, situa-nos diante de uma das mais fascinantes formas de
conhecimento e modos de expressão que já foram inventados pela espécie humana.”
(BARROS,
José D’Assunção. Teoria da História. Princípios e conceitos fundamentais.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2011, p. 269)
O
autor do texto apresenta uma singularidade da História que é a identidade entre
essa disciplina e seu objeto de estudo. Ainda sobre essa área de conhecimento,
podemos dizer que:
I -
O estudo da História é feito a partir de registros do passado, os chamados
documentos históricos.
II -
A História começou com os gregos, o único povo que se preocupou com o estudo do
passado antes do século XIX.
III-
A História trata do homem em sociedade em sua relação com o tempo.
Sobre
as frases anteriores está correto apenas o que se afirma em:
|
a.
|
I
|
|
b.
|
I e II
|
|
c.
|
I, II e III
|
|
d.
|
I
e III
|
|
e.
|
II e III
|
Pergunta 2
1. O estudo da Teoria
da História é fundamental na formação profissional do historiador na medida em
que fornece a base conceitual e científica para a construção do pensamento
histórico. Podemos dizer quanto a isso que:
|
a.
|
O desenvolvimento de uma Teoria da
História se relaciona a condições surgidas no século XX, em que a História
teve grande destaque e alcançou status acadêmico.
|
|
b.
|
A Teoria da História, a
metodologia e a historiografia são aspectos da produção do conhecimento
histórico que podem ser relacionar ou excluir, dependendo do contexto.
|
|
c.
|
A
Teoria da História é território de disputas e diálogos e não necessariamente
de consensos.
|
|
d.
|
A Teoria da História fornece os
procedimentos e as técnicas para a produção do conhecimento histórico.
|
|
e.
|
Não há Teoria da História válida se
não for possível comprová-la de acordo com o método científico.
|
Pergunta 3
1. “Não é incomum o
estabelecimento de paralelos entre memória e história, já que ambas se referem
ao passado; todavia enquanto a primeira vincula-se com o experimentado
pessoalmente (como acontecimentos vividos ou relatos recebidos), a segunda vai
muito além do caráter individual ou plural da pessoa que recorda.”
(CARRETERO,
M.; ROSA, A.; GONZÁLEZ, M. F. Ensino da História e memória coletiva. Porto
Alegre: Artmed, 2007, p. 19)
As
observações acima se referem à distinção entre História e memória. Quanto a
isso, podemos dizer que:
|
a.
|
A
História é uma reconstrução do passado feita a partir de uma operação
intelectual e a memória está relacionada a lembranças e esquecimentos, tendo
um caráter lacunar.
|
|
b.
|
A História não constrói memórias, mas
se vale delas.
|
|
c.
|
Somente a História é capaz de
produzir memórias.
|
|
d.
|
Há sempre identificação entre as
memórias e a História sobre elas produzidas, ainda que haja lacunas nesse
processo.
|
|
e.
|
A memória é sempre individual não
sendo possível considerarmos a existência de memórias coletivas.
|
Pergunta 4
1. “Os lugares de
memória nascem e vivem do sentimento que não há memória espontânea, que é
preciso criar arquivos, que é preciso manter aniversários, organizar
celebrações, pronunciar elogios fúnebres, notariar as atas, porque essas
operações não são naturais.”
(NORA,
Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História.
PUCSP: SP, n. 10, Dez.1993, p.13)
Nesse
texto, o historiador Pierre Nora refere-se ao fato de que:
|
a.
|
O acesso à memória é uma questão
política.
|
|
b.
|
A memória se relaciona à
construção de identidades.
|
|
c.
|
É necessário promover a
democratização da memória social.
|
|
d.
|
As primeiras instituições criadas
para preservar a memória foram as bibliotecas reais.
|
|
e.
|
Os
lugares de memória teriam surgido em nossa sociedade que vive sob o signo da
história na qual a memória não seria mais espontânea.
|
Pergunta 5
1. 5- Podem ser
apontados como conceitos relacionados às funções atribuídas à História no
passado e no presente:
I -
“Mestra da vida”, identidade social e significação para o presente.
II -
Busca das origens, memória social e consciência social.
III-
Identidade social, projeção de futuro e legitimação política.
Encontramos
conceitos corretos apenas em:
|
a.
|
I
e II
|
|
b.
|
II e III
|
|
c.
|
I, II e III
|
|
d.
|
I e III
|
|
e.
|
III
|
Pergunta 6
1. São características
do conhecimento histórico:
I -
Reconstrução do passado a partir de vestígios e fragmentos.
II-
O estudo do passado se faz a partir do presente.
Qual
das alternativas pode ser incluída como uma terceira característica?
|
a.
|
As
versões e as interpretações do passado não são únicas nem definitivas.
|
|
b.
|
A interpretação histórica nunca se
altera, pois o passado não pode ser mudado.
|
|
c.
|
As mudanças teóricas e metodológicas
não interferem nas interpretações históricas.
|
|
d.
|
A História não tem legitimidade como
disciplina acadêmica.
|
|
e.
|
As versões da História variam de
acordo com a aceitação dos leitores.
|
Pergunta 7
1. Os conceitos de
tempo e espaço são fundamentais para a História. Sobre isso podemos afirmar
que:
|
a.
|
As condições geográficas influenciam
e até mesmo determinam as condições sociais.
|
|
b.
|
A História trata da vida humana
em sociedade no tempo, com suas transformações e permanências.
|
|
c.
|
O
tempo histórico é idêntico ao cronológico.
|
|
d.
|
Cronologias e periodizações não são
mais utilizadas pelos historiadores que estão preocupados com as permanências
e não com as mudanças.
|
|
e.
|
As mudanças na História ocorrem
sempre no mesmo ritmo.
|
Pergunta 8
1. “Embora as interpretações
historiográficas se sucedam no tempo, percebe-se que as mais recentes conservam
diversos conteúdos das anteriores, alguns são revitalizados por releituras,
outros permanecem cristalizados na produção de grupos resistentes às novas
ideias.”
(JANOTTI,
Maria de Lourdes. O livro Fontes Histórias como fonte. In PINSKY, Carla
Basanezi. Fontes Históricas. São Paulo: Contexto, 2011, p.16)
Relacionado
a essa afirmação, podemos dizer que:
|
a.
|
O estudo do passado comporta
diferentes interpretações sempre excludentes umas em relação às outras.
|
|
b.
|
Em
alguma medida, o conhecimento histórico é cumulativo, pois nem sempre as
diferentes versões do passado são excludentes.
|
|
c.
|
O acesso a informações desconhecidas
contidas em novos documentos explicam todas as possíveis mudanças nas versões
estabelecidas sobre o passado.
|
|
d.
|
Não sabemos sobre o passado hoje mais
do que a geração de nossos avós.
|
|
e.
|
Ainda que o historiador esteja no
presente e a partir dele lance perguntas para o passado, não há relação disso
com as possíveis diferenças de visão sobre os acontecimentos.
|
Pergunta 9
1. O conhecimento
histórico resulta de um elaborado processo que inclui: pesquisa, crítica
documental, análise, interpretação, validação. Sobre isso, podemos dizer que:
I –
As teorias contribuem para a elaboração das interpretações.
II –
A metodologia, conhecida também como historiografia, inclui o processo de
pesquisa e tratamento das informações.
III
– A validação pelos pares é etapa importante da produção acadêmica.
Estão
corretas:
|
a.
|
I,
II e III
|
|
b.
|
I
e II
|
|
c.
|
I e III
|
|
d.
|
II
e III
|
|
e.
|
III
|
Pergunta 10
1. Ao longo do tempo,
a História e os historiadores apresentaram forte vinculação com instâncias de
poder.
Quanto
a isso, podemos considerar como verdadeiro que:
I- A
História pode servir para legitimar a manutenção no poder de grupos e
governantes, oferecendo argumentos que justifiquem sua posição.
II-
O acesso à memória e ao passado, oferecidos pela História, podem servir de
instrumento de construção de cidadania e de transformação social para grupos em
situação de dominação e exploração social.
III-
Os historiadores têm importante função social. Com seu trabalho podem
justificar poderes constituídos, mas podem também contribuir para desvendar
situações de controle e dominação.
Está
correta a alternativa:
|
a.
|
I e II
|
|
b.
|
I,
II e III
|
|
c.
|
II e III
|
|
d.
|
I e III
|
|
e.
|
II e III
|
QUESTIONÁRIO TEORIA DA HISTORIA II
Pergunta 1
1. A expansão do
capitalismo industrial pela Europa durante o século XIX, as inovações técnicas
que trouxe e as alterações na forma de viver que produziu deram curso a uma
percepção de um progresso contínuo apesar das condições terríveis de exploração
de grandes contingentes de trabalhadores operários. Também encontramos nesse
contexto histórico:
|
a.
|
Crescimento
demográfico e intensificação da população no campo.
|
|
b.
|
Progresso
econômico e intensificação do sentimento religioso.
|
|
c.
|
Expansão
de mercados e ascensão econômica da América Latina.
|
|
d.
|
Neocolonialismo,
capitalismo monopolista e retraimento dos mercados.
|
|
e.
|
Revoltas de trabalhadores, surgimento de teorias
para explicar o funcionamento do capitalismo e nacionalismo.
|
Pergunta 2
1.
Gabriel
Monod (1844-1912), um dos fundadores da Revue historique, em 1876, e da
história positiva, aluno e amigo de Michelet – um dos historiadores franceses
que tomou, muito rapidamente, consciência, após a derrota de 1870, na guerra
franco-prussiana, da superioridade das ciências históricas alemãs, do modo como
elas se construíram, se organizaram e se institucionalizaram a partir do começo
do século XIX –, escreveu, em um artigo em forma de balanço, publicado em 1889:
“O
desenvolvimento dos estudos históricos é um dos traços distintivos do movimento
intelectual do século XIX. Tal desenvolvimento é a manifestação, na área das
ciências morais, do espírito científico ao qual pertence doravante a direção da
sociedade moderna.”
(MONOD,
1889, p. 587)
PAYEN,
Pascal – “A constituição da história como ciência no século XIX e seus modelos
antigos: fim de uma ilusão ou futuro de uma herança?”
(“História
da historiografia”. Ouro Preto, nº 6, março, 2011, p. 103)
O
trecho citado de Gabriel Monod constata uma importante condição da História no
século XIX, qual seja:
|
a.
|
O seu desenvolvimento e o caráter científico que
pretendia assumir
|
|
b.
|
A
importância da historiografia alemã.
|
|
c.
|
O
positivismo.
|
|
d.
|
Sua
institucionalização no âmbito acadêmico.
|
|
e.
|
Sua
importância na guerra franco-prussiana.
|
Pergunta 3
1.
“No
século XIX [...], a história-conhecimento pretendeu emancipar-se da influência
da filosofia da história e tornar-se ‘científica’. Chegara-se à conclusão de
que a metafísica era impossível, que era um pseudoconhecimento, pois seus
enunciados eram inverificáveis e incontroláveis. Acreditava-se que só seria
possível conhecer os fatos apreendidos pela sensação. Um pensamento
radicalmente historicista considerava que as filosofias racionalistas e
metafísicas não revelam nada da história. A ‘história científica’, que surgia,
parecia não pretender mais discutir o sentido histórico, nem a história
universal, mas produzir um conhecimento positivo, observando os fatos e
constatando as suas relações. A influência metafísica da filosofia sobre o
conhecimento histórico foi substituído por uma atitude realista. Acreditou-se
que o conhecimento histórico tinha finalmente se estruturado em bases positivas
ao encontrar um método seguro, objetivo, confiável, empírico”.
(REIS,
José Carlos. “História & Teoria”. RJ: FGV Editora, 2005, p. 36)
O
trecho acima insere a História no ambiente científico e cultural do século XIX.
Quanto à forma de se buscar compreender os fenômenos naturais e sociais naquele
momento, podemos afirmar que:
|
a.
|
Deu-se
continuidade ao estudo sistemático e objetivo das filosofias da História para
a compreensão dos fenômenos físicos e sociais.
|
|
b.
|
O
positivismo e o cientificismo foram deixados de lado em razão de sua
excessiva valorização do método científico.
|
|
c.
|
Considerava-se
seguro e válido apenas o conhecimento oferecido pela metafísica e pela
experiência.
|
|
d.
|
A ciência se torna a forma válida de explicação
da realidade, dando-se continuidade ao espírito iluminista, deixando de lado
as explicações metafísicas e valorizando a razão e o empirismo.
|
|
e.
|
As
leis explicativas construídas para explicar a realidade não serviam de
referência para as ciências físicas e biológicas.
|
Pergunta 4
1.
Sobre
o positivismo de Auguste Comte, podemos afirmar que:
I –
Comte construiu sua teoria a partir dos desenvolvimentos da Física, da Química
e das Ciências Humanas.
II –
O conhecimento positivo baseava-se na ideia da existência de leis que levariam
à perfeição e à felicidade do gênero humano.
III
– A ciência e a técnica são a principal fonte do progresso político e moral, sendo
mesmo a afirmação de tal progresso.
Está
correta a alternativa:
|
a.
|
I
e II
|
|
b.
|
II e III
|
|
c.
|
I,
II e III
|
|
d.
|
I
e III
|
|
e.
|
Somente
a frase I está correta
|
Pergunta 5
1.
A
história metódica ganhou seus primeiros contornos no século XIX com o alemão
Leopold Von Ranke. Sua pretensão à cientificidade seria alcançada pela
observância de alguns princípios, dentre os quais podemos citar:
I –
O historiador deveria reunir o maior número de documentos, verificando sua
autenticidade e dele extrair os fatos a serem organizados e apresentados de
forma cronológica.
II –
Caberia ao historiador apenas reconstruir os fatos tal como eles “realmente
aconteceram” sem julgamentos ou qualquer reflexão teórica.
III
– A postura do historiador deveria ser de neutralidade na medida em que o
passado teria existência objetiva a ser captada por meio dos documentos, não
havendo, portanto, nenhuma relação de interdependência entre o historiador e
seu objeto.
Está
correta a alternativa:
|
a.
|
I
e II
|
|
b.
|
I, II e III
|
|
c.
|
I
e III
|
|
d.
|
II
e III
|
|
e.
|
Apenas
a alternativa I está certa
|
Pergunta 6
1. O historiador José
d’Assunção Barros em seu trabalho “Teoria da História” (Petrópolis/RJ: Vozes, 2013,
vol. 2, p 54-55) considera como das maiores contribuições do historicismo do
século XIX para o desenvolvimento da historiografia a “crítica documental”, a
inserção e a consolidação da História como disciplina acadêmica e a instituição
da figura do historiador profissional. Ainda sobre o historicismo, podemos
dizer que:
|
a.
|
Propugnava-se o distanciamento e a neutralidade
do historiador quanto ao seu objeto de pesquisa
|
|
b.
|
A
elaboração de leis explicativas para os fenômenos históricos.
|
|
c.
|
O reconhecimento
da subjetividade do historiador e o julgamento dos fatos passados.
|
|
d.
|
A
utilização de documentos de variados tipos além dos escritos.
|
|
e.
|
Propunha-se
análise dos fatos e a crítica social.
|
Pergunta 7
1.
Sobre
a herança filosófica do positivismo e suas principais características, afirmou
o historiador José d”Assunção Barros: “Os positivistas contam de fato com toda
uma fortuna crítica que inclui as já clássicas discussões iluministas em torno
de questões que lhes seriam caras: a possibilidade de um conhecimento humano
inteiramente objetivo; a construção de uma história universal, comum a toda a
humanidade; a possibilidade de amparar um conhecimento científico sobre as
sociedades humanas com base na ideia de imparcialidade do sujeito que produz o
conhecimento” (“Teoria da História”. Petrópolis/RJ: Vozes, 2013, vol. 2, p. 66)
Como
decorrência dessa visão, podemos citar quanto ao trabalho do historiador:
|
a.
|
A busca incessante por evidências empíricas, os documentos
históricos, para a reconstrução do passado.
|
|
b.
|
As
discussões filosóficas e metafísicas.
|
|
c.
|
O
materialismo histórico.
|
|
d.
|
A
abordagem da história das mentalidades.
|
|
e.
|
A
institucionalização da profissão.
|
Pergunta 8
1. Nas correntes
incluídas na Escola Metódica parte-se da ideia que o fato histórico é dado
objetivo, acabado e verificável, à espera de ser captado pelo historiador. Isso
se faria pela reunião dos documentos apresentados em uma narrativa mediante uma
relação de causalidade entre eles. A valorização dos documentos como registros
ressalta a importância de se construírem métodos para com eles trabalhar.
Dentre os procedimentos construídos para isso, encontramos:
|
a.
|
A
heurística, a crítica interna e externa e as operações analíticas.
|
|
b.
|
A
hermenêutica, as operações analíticas e as operações sintéticas.
|
|
c.
|
A
pesquisa de documentos, sua análise crítica e as operações analíticas.
|
|
d.
|
A pesquisa e a localização de documentos, sua
análise crítica, o agrupamento dos fatos, a exposição e a escrita histórica.
|
|
e.
|
Operações
analíticas e sintéticas, discussão teórica e filosófica e explicação dos
fatos.
|
Pergunta 9
1. Sobre as principais
características da História no século XIX, podemos apontar:
|
a.
|
O cientificismo, a busca da imparcialidade e da
neutralidade do historiador, e a reunião exaustiva de coleções de documentos.
|
|
b.
|
O
pragmatismo, a busca por documentos legítimos e a valorização das explicações
causais.
|
|
c.
|
O
paradigma científico das ciências naturais como referência, a busca de leis
de causalidade, o reconhecimento dos aspectos subjetivos contidos na produção
historiográfica.
|
|
d.
|
A
reunião de fatos e documentos, a ausência de parâmetros científicos e a
narrativa.
|
|
e.
|
A
ausência de explicações e análise, as relações de causalidade e parâmetros
conferidos pela filosofia da história.
|
Pergunta 10
1.
As
concepções de história vigentes no século XIX resultaram em uma produção
historiográfica cujas principais características são:
I -
A ênfase nos fatos como elemento principal do passado a ser dissecado a partir
de documentos escritos e de cunho oficial.
II -
A História política apresentada na forma de narrativa histórica com fatos
encadeados em uma relação de causalidade.
III-
A História factual e cronológica.
Está
correta a alternativa:
|
a.
|
I
e II
|
|
b.
|
II
e III
|
|
c.
|
I, II e III
|
|
d.
|
I
e III
|
|
e.
|
Apenas
o item II está correto.
|
QUESTIONÁRIO TEORIA DA HISTORIA III
Pergunta 1
1.
“Engels
partiu para a Inglaterra no outono de 1842, fazendo seu primeiro contato
pessoal com Marx durante a viagem, e lá permaneceu durante quase dois anos,
observando, estudando e formulando suas ideias. É seguro afirmar que nos
primeiros meses de 1844 estava trabalhando no livro, embora a maior parte dele
tenha sido escrita no inverno de 1844-5. A obra foi lançada em sua forma final
em Leipzig, no verão de 1845, com um prefácio e uma dedicatória (em inglês) às
classes trabalhadoras da Grã-Bretanha”. Foi publicada em inglês, com ligeiras
revisões do autor, mas com prefácios alentados, em 1887 (edição americana) e
1892 (edição britânica). Ou seja, foi preciso quase meio século para que essa
obra-prima sobre os estágios iniciais da indústria na Inglaterra chegasse ao
país que a tinha inspirado. Contudo, desde então tornou-se uma obra conhecida
por todos que estudam a Revolução Industrial”. HOBSBAWN, ERIC – Como
mudar o mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. p.89
O
texto acima se refere à obra de Friedrich Engels A situação da classe
trabalhadora na Inglaterra que descreve as condições de vida e de trabalho da
classe operária no início da industrialização. Quanto ao contexto histórico em
que foi produzida podemos afirmar que no século XIX:
I –
Houve uma acelerada industrialização da Europa e de outros continentes com a
consequente configuração da burguesia e do proletariado nos países atingidos
por esse movimento de expansão do capitalismo industrial.
II –
As condições de vida da classe operária eram bastante precárias com jornadas de
trabalho muito extensas e a utilização indiscriminada da mão de obra de
crianças e mulheres nas indústrias.
III
– A insatisfação do operariado na época influenciou o surgimento de movimentos
trabalhistas e contrários à industrialização.
Estão
corretas apenas as afirmativas:
|
a.
|
I
e II
|
|
b.
|
I, II e III
|
|
c.
|
I
e III
|
|
d.
|
II
e III
|
|
e.
|
apenas
a alternativa II está correta.
|
Pergunta 2
1. Podemos considerar
que estão relacionados à insatisfação geral ocorrida na Europa no bojo do
desenvolvimento do capitalismo industrial no século XIX:
|
a.
|
A disseminação de correntes do socialismo
utópico, a publicação do Manifesto Comunista e de O Capital, a organização da
Primeira e da Segunda Internacional, a mobilização política e sindical da
classe operária.
|
|
b.
|
O
anarquismo, o anarco-sindicalismo, o comunismo e o positivismo.
|
|
c.
|
O
movimento sindical, a Comuna de Paris, as guerras de libertação colonial e a
Revolução Francesa.
|
|
d.
|
As
revoluções francesa e industrial, que ocasionaram a busca de novos mercados e
a redivisão dos continentes africano e asiático em áreas de influência dos
países europeus.
|
|
e.
|
O
socialismo utópico, o positivismo e o cientificismo.
|
Pergunta 3
1. Sobre o conteúdo do
Manifesto Comunista publicado por Marx e Engels em 1848 podemos afirmar que:
|
a.
|
Embora
seja texto bastante polêmico só veio a repercutir no movimento operário ao
final do século XX.
|
|
b.
|
É,
seguramente, a principal declaração de princípios do socialismo utópico.
|
|
c.
|
Conclamava os operários para que se unissem e
lutassem pela sua emancipação comprometendo-se com a revolução socialista.
|
|
d.
|
Foi
bem recebido pelo público, especialmente pelos integrantes da burguesia
industrial.
|
|
e.
|
Descreveu
as condições de vida e trabalho da classe operária sem apresentar conteúdo
político significativo.
|
Pergunta 4
1.
“ A
história de todas as sociedades, até hoje, tem sido a história da luta de
classes. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo, membro
especializado das corporações e aprendiz, em suma: opressores e oprimidos
estiveram em permanente oposição; travaram uma luta sem trégua, ora disfarçada,
ora aberta, que terminou sempre com a transformação revolucionária da sociedade
inteira ou com o declínio conjunto das classes em conflito”. MARX, Karl –
ENGELS, F. – Manifesto Comunista, 1848, apud , José D’Assunção –
Teoria da História. Os paradigmas revolucionários. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011,
p.101.
Na
visão marxista a luta de classes pode ser considerada como:
|
a.
|
um
dos principais conceitos do marxismo emprestado da sociologia clássica
|
|
b.
|
uma
das possibilidades colocadas ao operariado no campo teórico-filosófico
|
|
c.
|
a
maneira de se manter o equilíbrio social
|
|
d.
|
uma
situação específica da sociedade capitalista criada no bojo da expansão
industrial
|
|
e.
|
resultante das tensões e contradições de classe
em que dominantes e dominados se embatem levando à transformação das relações
de produção fazendo a história avançar.
|
Pergunta 5
1. Além da análise do
funcionamento do capitalismo e o desvendamento de seus mecanismos de
exploração, Marx propôs um método de investigação histórica, o materialismo
histórico. Quanto a isso podemos afirmar que:
|
a.
|
o ponto de partida do materialismo histórico foi
a dialética hegeliana.
|
|
b.
|
é
nítida a filiação do materialismo histórico ao positivismo
|
|
c.
|
mais
do que um método de investigação o materialismo histórico se contrapôs ao
cientificismo dos historiadores do século XVIII
|
|
d.
|
o
materialismo histórico nada mais é que uma continuação das pesquisas
documentais propugnadas pela escola metódica
|
|
e.
|
embora
o marxismo tenha influenciado decisivamente a vida política nos séculos XIX e
XX, o mesmo alcance não teve o método de investigação que ensejou.
|
Pergunta 6
1.
“Na
produção social da própria existência, os homens entram em relações
determinadas necessárias, independentes de sua vontade; estas “relações de
produção” correspondem a um determinado grau do desenvolvimento de suas “forças
produtivas” materiais. A totalidade dessas “relações de produção” constitui a
“estrutura econômica” da sociedade, a “base”real sobre a qual se eleva uma
“superestrutura” jurídica e política e à qual correspondem formas determinadas
de consciência. O “modo de produção” da vida material condiciona o processo de
vida social, política e intelectual. Não é a consciência dos homens que
determina o seu ser; ao contrário, é o seu ser social que determina a
consciência”. MARX, Karl – Prefácio para Contribuição à Crítica da Economia
Política, 1949:29-33)[original:1859] apud BARROS, José
D’Assunção – Teoria da História. Os paradigmas revolucionários. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2011, p.34
No
materialismo histórico as estruturas econômicas são a base da existência
social. Dela decorrem as outras instâncias: as relações sociais, as formas de
pensamento e as ideologias. Na conceituação marxista o plano das
ideias e do mental estão compreendidos na:
|
a.
|
filosofia
|
|
b.
|
superestrutura
|
|
c.
|
mentalidade
|
|
d.
|
dialética
|
|
e.
|
infraestrutura
|
Pergunta 7
1.
“Sem
dúvida alguma a influência do marxismo foi, desde o início, muito considerável.
Em termos gerais a única outra escola ou corrente de pensamento, visando à
reconstrução da história e dotada de influência no século XIX, era o
positivismo”. (Hobsbawn, Eric – Sobre História. São Paulo: Companhia das
letras, 1998, p. 158.
Sobre
o alcance do marxismo no tocante à Teoria da História podemos considerar que:
|
a.
|
sua
influência esteve restrita ao século XIX europeu, cedendo lugar no século XX
a outras teorias que surgiram
|
|
b.
|
influenciou
alguns historiadores acadêmicos, mas ficou restrita ao âmbito universitário.
|
|
c.
|
assim
como o positivismo, foi uma corrente de pensamento baseada na dialética.
|
|
d.
|
tornou-se
a corrente de pensamento histórica exclusiva ao longo dos séculos XIX e XX,
situação que se mantém ainda hoje
|
|
e.
|
constituiu-se numa das principais correntes de pensamento
histórico de seu surgimento até nossos dias, tendo vários de seus conceitos
sido incorporados amplamente pelos historiadores.
|
Pergunta 8
1.
Na
década de 1960 historiadores britânicos decepcionados com as posições políticas
do PC inglês e com a forma assumida pelo stalinismo na URSS assumem uma posição
crítica com relação ao marxismo propondo renovações teóricas. Sobre as
proposições teóricas que formularam podemos afirmar que:
I –
O conceito de classe social recebe novas angulações aproximando-se da noção de
que estas resultam de um fazer-se contínuo.
II –
A concepção de classe social se desloca da ideia de que esta resulta da
estruturação econômica para um entendimento de que é produto também de uma
construção cultural.
III-
Enfatizam as determinações econômicas pouco trabalhadas pelo marxismo.
São
corretas somente as seguintes frases:
|
a.
|
I e II
|
|
b.
|
I,
II e III
|
|
c.
|
II
e III
|
|
d.
|
I
e III
|
|
e.
|
apenas
a frase III está correta
|
Pergunta 9
1.
Quanto
à importância da História e o papel do historiador na perspectiva marxista
podemos dizer que:
I –
O historiador é um agente social, tributário de sua condição de classe, mas com
a função de promover a conscientização da situação de exploração dos oprimidos.
II -
O conhecimento do passado tem a importância de desvendar as razões das
desigualdades sociais e a dinâmica do processo histórico e com isso promover a
consciência social.
III
– O conhecimento histórico implica em se tomar partido na medida em que
evidencia a situação de exploração de uma classe sobre as outras promovida ao
longo do processo histórico.
Estão
corretas as afirmações:
|
a.
|
I
e II
|
|
b.
|
II
e III
|
|
c.
|
I, II e III
|
|
d.
|
I
e III
|
|
e.
|
apenas
a alternativa I está correta
|
Pergunta 10
1.
“...
a natureza das relações entre estrutura e sujeito na história e sociedade
humanas. Assim, o enigma do estatuto e posição de ambos não era um ponto de
incerteza local ou marginal na teoria marxiana. Na verdade, sempre se
constituiu em um dos problemas mais centrais e fundamentais do materialismo
histórico enquanto explicação do desenvolvimento da civilização humana. A
extensa discussão contemporânea da obra de Edward Thompson, por exemplo, estava
em larga medida enfocada sobre o papel da ação humana na formação ou eliminação
das classes, no advento ou substituição de estruturas sociais, seja do
capitalismo industrial ou de um socialismo para além dele. ANDERSON, Perry –
Considerações sobre o marxismo ocidental. Nas trilhas do materialismo
histórico. São Paulo: Boitempo Editorial, 2004, p. 168-169)
O
trecho acima se refere a uma questão importante levantada pelos historiadores
neomarxistas qual seja:
|
a.
|
o papel da ação humana frente às determinações
produzidas pela base econômica da teoria marxista.
|
|
b.
|
a
questão da subjetividade e da objetividade no conhecimento histórico.
|
|
c.
|
a
mudança do capitalismo para o socialismo
|
|
d.
|
as
características sócio-culturais das classes sociais
|
|
e.
|
as
relações entre a base econômica e a superestrutura
QUESTIONARIO TEORIA DA HISTORIA IV
|
1.
“A ‘história-problema’ veio se opor ao caráter narrativo da história
tradicional. A *estrutura narrativa da história tradicional significava isto:
narrar os eventos políticos, recolhidos nos próprios documentos, em sua ordem
cronológica, em sua evolução linear e irreversível, ‘tal como se passaram’. A
história-problema veio reconhecer a impossibilidade de narrar os fatos
históricos ‘tal como se passaram’. Por ela, o historiador sabe que escolhe seus
objetos no passado e que os interroga a partir do presente. Ele explicita a sua
elaboração conceitual, pois não pretende se ‘apagar’ na pesquisa, em nome da
objetividade. Ao contrário, exatamente para ser mais objetivo, o historiador
‘aparece e confessa’ seus pressupostos e conceitos, seus problemas e hipóteses,
seus documentos e suas técnicas e as formas como as utilizou e, sobretudo, a
partir de que lugar social e institucional ele fala. O historiador escolhe,
seleciona, interroga, conceitua, analisa, sintetiza, conclui. Ele reconhece que
não há história sem teoria.”
(REIS, José Carlos. O lugar da teoria-metodologia na cultura histórica.
Revista de Teoria da História, Ano 3, Número 6, dez/2011 Universidade Federal
de Goiás, p. 13)
O trecho acima se refere à história-problema proposta pelos
Annales. Dentre as ideias defendidas pelo movimento, podemos destacar:
|
a.
|
Valorização das estruturas em
detrimento das conjunturas, ênfase nos eventos e influência da antropologia
cultural
|
|
b.
|
Valorização da linearidade,
objetividade do conhecimento histórico, ênfase na experiência histórica
|
|
c.
|
Crítica à história narrativa e factual,
reconhecimento de aspectos subjetivos na construção do conhecimento
histórico, ênfase na condição do historiador vinculado ao presente
|
|
d.
|
Crítica
da linearidade no conhecimento histórico, ênfase na condição de neutralidade do historiador, valorização da teoria no estudo do
passado
|
|
e.
|
A concepção de que o
historiador recupera os fatos tal como realmente aconteceram, a valorização
dos aspectos teóricos em sua prática e o caráter narrativo da história tradicional.
|
Pergunta 2
1.
“A
insatisfação que os jovens Marc Bloch e Lucien Febrve demonstravam, nas décadas
de 10 e 20, em relação à história política, sem dúvida estava vinculada à
relativa pobreza de suas análises, em que situações históricas complexas se
viam reduzidas a um simples jogo de poder entre grandes – homens ou países –
ignorando que aquém e além dele se situavam campos de força estruturais,
coletivas e individuais que lhe conferiam densidade e profundidade
incompatíveis com o que parecia ser a frivolidade dos eventos.”
(BURKE,
Peter. A escola dos Annales. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1997, p. 7)
Os
historiadores dos Annales propuseram como substituição a esse tipo de história
que criticavam:
I -
A substituição da tradicional narrativa de acontecimentos por uma
história-problema.
II-
A história de todas as atividades humanas e não apenas a história política.
III
- A aproximação com outras disciplinas tais como a antropologia, a economia e a
geografia.
Estão
corretas as afirmativas:
|
a.
|
I
e II
|
|
b.
|
I, II e III
|
|
c.
|
I
e III
|
|
d.
|
II
e III
|
|
e.
|
Somente
a alternativa I está correta.
|
Pergunta 3
1. Durante a segunda
fase dos Annales, assiste-se à presença hegemônica de Fernand Braudel que eleva
o movimento à condição de establishment histórico. Como contribuições desse
historiador, podemos destacar:
|
a.
|
Os conceitos de estrutura e conjuntura, o
estabelecimento de diferentes temporalidades e de ritmos diferentes de
mudança para a história
|
|
b.
|
A
aproximação com a antropologia cultural com a semiótica
|
|
c.
|
O
alargamento do horizonte teórico da disciplina, a introdução dos conceitos de
sincronia e diacronia e o retorno à história dos eventos
|
|
d.
|
A
profissionalização da história, a eleição de uma metodologia científica para
a área e o uso de documentos oficiais para a determinação da veracidade dos
fatos estudados
|
|
e.
|
A
introdução da História no âmbito acadêmico, a ampliação dos conceitos
utilizados, a defesa do engajamento político do historiador.
|
Pergunta 4
1.
4 -
Podemos distinguir na vertente histórica originada dos Annales duas orientações
principais, a saber:
I –
A “história-total” com ênfase nas estruturas e uma história interessada nas
representações.
II –
A história factual e a história das mentalidades.
III
– A história da longa duração na perspectiva estrutural de Braudel e a história
com ênfase no simbólico e nas representações da Nova História.
Estão
corretas apenas as frases:
|
a.
|
I
e II
|
|
b.
|
I,
II e III
|
|
c.
|
I e III
|
|
d.
|
II
e III
|
|
e.
|
Apenas
a frase I está correta
|
Pergunta 5
1. Com relação à
terceira geração dos Annales, conhecida como Nova História, não podemos
afirmar:
|
a.
|
Há
a retomada de alguns pontos da primeira fase dos Annales e uma oposição à
perspectiva estrutural e determinista de Braudel.
|
|
b.
|
Opera-se
um deslocamento do interesse das estruturas econômicas e sociais para o
“terceiro nível”.
|
|
c.
|
Grande
importância é conferida a fenômenos culturais e às mentalidades.
|
|
d.
|
Valoriza-se a instância econômica em detrimento
do simbólico e das representações.
|
|
e.
|
Incluem
as mentalidades, a história quantitativa e serial e um retorno à história
política e à narrativa.
|
Pergunta 6
1.
Dentre
as contribuições da escola dos Annales em suas diferentes vertentes
destacam-se:
I -
Ampliação do horizonte teórico com o intenso diálogo produzido com as
diferentes disciplinas.
II -
Diversificação de temas e abordagens, com a consequente introdução de novas
metodologias e espectro documental.
III
- A consolidação da abordagem cientificista com a adaptação de métodos das
ciências naturais.
Estão
corretas as afirmativas:
|
a.
|
I e II
|
|
b.
|
II
e III
|
|
c.
|
I
e III
|
|
d.
|
I,
II e III
|
|
e.
|
Apenas
a alternativa II está correta
|
Pergunta 7
1. Dentre as
tendências mais recentes da História e da historiografia, podemos citar:
|
a.
|
O
positivismo, o historicismo e o marxismo.
|
|
b.
|
A
pós-modernidade, o economicismo e o retorno do político.
|
|
c.
|
O
retorno do fato, o historicismo e a recuperação da história tradicional.
|
|
d.
|
A
discussão epistemológica, o academicismo e o pragmatismo.
|
|
e.
|
A aproximação com a antropologia cultural, a
pluralidade de abordagens e a hermenêutica.
|
Pergunta 8
1.
“A
primeira observação que não é trivial quanto parece é que a identificação dos
limites, das insuficiências estruturais do paradigma científico moderno é o
resultado do grande avanço no conhecimento que ele propiciou. O aprofundamento
do conhecimento permitiu ver a fraqueza dos pilares em que se funda. Einstein
constitui o primeiro rombo no paradigma da ciência moderna, um rombo, aliás,
mais importante do que o que Einstein foi subjetivamente capaz de admitir.”
(SANTOS,
Boaventura de Souza. Introdução a uma ciência pós-moderna. 3. ed. Rio de
Janeiro: Graal, 1989, p. 25)
Dentre
as principais questões levantadas na crise dos paradigmas científicos dos fins
do século XX, com repercussões no conhecimento histórico, podemos ressaltar:
|
a.
|
O questionamento sobre a possibilidade e os
limites da objetividade científica.
|
|
b.
|
O
alcance das ciências do homem para redimensionar os parâmetros das ciências
da natureza.
|
|
c.
|
A
oportunidade do abandono do método científico pelas ciências naturais.
|
|
d.
|
O
reconhecimento das especificidades do conhecimento histórico que impedem sua
incorporação ao positivismo.
|
|
e.
|
O
reforço à busca da “verdade” que na história assumiu as características de um
critério de validade científica.
|
Pergunta 9
1.
“François
Dosse, um dos principais críticos da Nova História cunhou a expressão de
‘história em migalhas’ para referir-se à pulverização de temas e abordagens
característica dessa fase.”
(DOSSE,
F. A história em migalhas. São Paulo: Editora Ensaio, 1994.)
Na
verdade, a particularização e a especialização do conhecimento não é específico
da história, mas nessa área podem ser apontadas algumas particularidades.
Quanto
a isso encontramos algumas opiniões, como:
I –
Aquilo que para alguns é fragmentação para outros seria a riqueza da história
na atualidade, pois a pluralidade amplia o olhar para o passado iluminado
múltiplos aspectos da vida social.
II –
As múltiplas abordagens seriam a resposta da História à crise dos paradigmas
equacionada nessa área pela mudança dos objetos.
III
– Os recortes temáticos particularizados estariam desviando os historiadores da
elaboração de histórias amplas e sínteses históricas.
Podemos
considerar corretas as afirmativas:
|
a.
|
I
e II
|
|
b.
|
II
e III
|
|
c.
|
I
e III
|
|
d.
|
I, II e III
|
|
e.
|
Apenas
a frase III está correta
|
Pergunta 10
1.
“Entretanto,
a grande mudança que se produziu na ciência histórica nestas últimas décadas
não responde a esta fabricação de visões globais alternativas, mas, muito ao
contrário, ao que se denomina, em linhas gerais, a viragem da pós-modernidade,
que implica a negação de todo tipo de visões globais, com a renúncia daquilo
que Jean-François Lyotard denominou ‘metanarrativas’, a recusa das
periodizações e das interpretações globais, a substituição do grand récit da
História em maiúscula pelo petit récit das histórias em minúscula e o das
afirmações sobre a realidade por meio de metáforas.”
(FONTANA,
Josep. História depois do fim da História. Bauru: EDUSC, 1998, p. 26-27)
O
trecho acima se refere a questões da história na pós-modernidade. Quanto a
isso, podemos entender que há nessa historiografia:
|
a.
|
Dificuldade
em se estabelecer sínteses, multiplicidade de centros, relativismo e ausência
de hierarquia entre os conhecimentos produzidos.
|
|
b.
|
Narrativa,
ênfase nas estruturas e valorização da historicidade dos eventos.
|
|
c.
|
A busca da história total, os recortes
estruturais e a interdisciplinaridade.
|
|
d.
|
A
hermenêutica, a heurística e o cientificismo.
|
|
e.
|
Ênfase
no cientificismo, história-problema e valorização dos diferentes agentes
sociais na história vista de baixo.
|
Maravilha
ResponderExcluira resposta da unidade 4 questão 10 está errada, a resposta certa certa e a alternativa A e não C, ok
ResponderExcluirPergunta 10 a resposta consta errada. A correta é a letra "a"
ResponderExcluirAlguém tem a prova de exame
ResponderExcluirqual e a resposta A História tradicional considerava fonte de informação apenas os registros escritos. Sobre esta concepção de História,
ResponderExcluirpodemos destacar que: