QUESTIONÁRIO ESTUDOS DISCIPLINARES II PARTE 1
Pergunta 1
1.
(Adaptação
UFBA/2012) A partir do trecho do texto de Joan Scott, analise as afirmativas e
marque V (para as verdadeiras) e F (para as falsas).
“O
gênero é um elemento constitutivo de relações sociais fundadas sobre as
diferenças sexuais percebidas entre os sexos, e o gênero é um primeiro modo de
dar significado às relações de poder. [...] O gênero implica quatro elementos:
primeiro, os símbolos culturalmente disponíveis que evocam representações simbólicas
(e com frequência contraditória) [...]. Em segundo lugar, os conceitos
normativos que põem em evidência as interpretações do sentido dos símbolos
[...]. [Em terceiro,] as instituições e a organização social, [e, por fim], o
quarto aspecto do gênero é a identidade subjetiva.” (SCOTT, 1990, p.
14-15).
A
análise do texto e os conhecimentos sobre os estudos acerca do gênero
realizados por Joan Scott permitem afirmar:
( )
Na perspectiva de Scott, a construção de gênero é essencialmente um processo de
representação social, um meio de decodificar o sentido do mundo, estabelecido,
primordialmente, através da linguagem.
( )
O conceito de gênero desenvolvido pela autora baseia-se na valorização das
relações de poder – significando que gênero não é apenas o primeiro, mas o mais
importante campo de significação do poder na sociedade.
( )
Ao construir um modelo teórico para explicitar o modo de estruturação das
relações de gênero na sociedade, essa autora acaba também por oferecer um
modelo operativo que desvela não apenas o modus operandi das estruturas de
dominação, mas também estratégias de enfrentamento com vistas a uma possível
mudança desse contexto.
( )
Para Scott, gênero é uma das principais formas pelas quais o poder político tem
sido concebido, legitimado e também criticado, porque, ao tomar como referência
a oposição masculino-feminino, cria uma percepção de permanência, de fixidez e
de oposição binária.
( )
Quando evoca a importância dos símbolos e dos conceitos normativos, a autora
sinaliza para a interconexão entre essas dimensões, pois, para ela, as
representações simbólicas precisam ser compreendidas em suas modalidades e
remetidas a seus contextos de produção, através de conceitos normativos,
divulgados e impostos por meio das instituições.
a.
|
V
– V – V – V – F
|
|
b.
|
F
– V – V – V – V
|
|
c.
|
V – F – V – V – V
|
|
d.
|
V
– V – V – F – F
|
|
e.
|
F
– V – V – F – F
|
Pergunta 2
1.
A
orientação sexual da pessoa é uma opção?
a.
|
Sim,
pois a pessoa pode optar com quer se relacionar.
|
|
b.
|
Não, a orientação sexual é o modo
como as pessoas sentem atração física e/ou emocional por pessoas do mesmo
sexo, do sexo oposto, ou por ambos os sexos.
|
|
c.
|
Sim,
pois é o caminho que indica que você se relaciona apenas com um sexo.
|
|
d.
|
Sim,
porque é normal.
|
|
e.
|
Não,
porque é uma doença.
|
Pergunta 3
1.
Como
a Organização Mundial da Saúde (2002) conceitua a sexualidade?
a.
|
A
sexualidade é a relação sexual.
|
|
b.
|
A
sexualidade é um aspecto central do ser humano durante toda a vida, é o sexo
da pessoa e a identidade de gênero.
|
|
c.
|
A
sexualidade é fantasia e desejo sexual.
|
|
d.
|
A sexualidade é o aspecto central do
ser humano durante toda a vida e abrange o sexo, a identidade de gênero e
papéis, a orientação sexual, erotismo, prazer, intimidade e reprodução.
|
|
e.
|
A
sexualidade tem o mesmo conceito de pornografia, pois se relaciona a sexo.
|
Pergunta 4
1. De acordo com o
caderno 4 da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade
(Secad/MEC) – “Gênero e diversidade sexual na escola: reconhecer diferenças e
superar preconceitos”, quando se fala em gênero, não se fala apenas de macho ou
fêmea, mas de masculino e feminino, em diversas e dinâmicas masculinidades e
feminilidades. Assim, de acordo com seus estudos, o que é gênero?
a.
|
Gênero
são modelos de sociedades contrastantes.
|
|
b.
|
Gênero
não é uma forma de indicar as “construções culturais”- trata-se de uma
criação inteiramente baseada na prática de ideias. O gênero não é uma
convenção social utilizada para designar as relações sociais entre os sexos.
|
|
c.
|
Gênero
é a orientação do desejo sexual.
|
|
d.
|
Gênero
é sinônimo de sexo.
|
|
e.
|
Gênero é uma forma de indicar as
“construções culturais”- a criação inteiramente social de ideias sobre os
papéis adequados a homens e mulheres. O gênero é uma convenção social
utilizada para designar as relações sociais entre os sexos.
|
Pergunta 5
1.
O
que é orientação sexual?
a.
|
Refere-se
apenas às aulas sobre sexualidade.
|
|
b.
|
Refere-se
a encontros que discutem a temática da reprodução humana.
|
|
c.
|
Refere-se ao sexo das pessoas que
elegemos como objetos de desejo e afeto.
|
|
d.
|
Refere-se
ao sexo em desafeto.
|
|
e.
|
Refere-se
ao sexo, à formação, ao biológico e à formação.
|
Pergunta 6
1.
Quais
são os três conceitos que ancoram a sexualidade?
a.
|
Sexo,
corpo e prazer.
|
|
b.
|
Sexo
biológico, gênero e opção sexual.
|
|
c.
|
Sexo
biológico, corpo e opção sexual.
|
|
d.
|
Sexo,
corpo e orientação sexual.
|
|
e.
|
Sexo biológico, identidade de gênero
e orientação sexual.
|
|
Pergunta 7
1.
Qual
é o conceito de sexualidade e sexo, respectivamente?
a.
|
Sexualidade
é apenas o erotismo e sexo é somente o relacionamento físico apenas para
procriação.
|
|
b.
|
Sexualidade
é erotismo e sexo tem o mesmo conceito de gênero.
|
|
c.
|
Sexualidade
é a mesma coisa que sexo, são sinônimos.
|
|
d.
|
Sexualidade
é a integralidade, é uma energia que não pode ser sentida e sexo é o gênero.
|
|
e.
|
Sexualidade forma a parte
integral da personalidade de cada um, uma necessidade básica, um aspecto
do ser humano que não pode ser separado de outros aspectos, e o sexo é a
matriz biológica, que identifica uma pessoa como homem ou mulher, ou os
processos fisiológicos e psicológicos que ocorrem no interior do indivíduo
que determinam um relacionamento físico destinado à procriação e/ou prazer
erótico.
|
Pergunta 8
1.
Qual
é o conceito, respectivamente, dos termos heterossexual, homossexual e
bissexual?
a.
|
Heterossexual é a atração física e
afetiva pelo sexo oposto; homossexual é a atração física e afetiva pelo mesmo
sexo e bissexual é a atração física e afetiva tanto pelo “mesmo sexo” quanto
pelo “sexo oposto”.
|
|
b.
|
Heterossexual
é a atração física e afetiva pelo mesmo sexo; homossexual é a atração física
e afetiva pelo sexo oposto e bissexual é a atração física e afetiva tanto
pelo “mesmo sexo” quanto pelo “sexo oposto”.
|
|
c.
|
Heterossexual
é a atração física e afetiva pelo sexo oposto; homossexual é a atração física
e afetiva pelo mesmo sexo e bissexuais são os hermafroditas.
|
|
d.
|
Heterossexual
é atração física e afetiva pelo mesmo sexo; homossexual é atração física e
afetiva pelo sexo oposto e bissexual é a atração física e afetiva tanto
pelo “mesmo sexo” quanto pelo “sexo oposto”.
|
|
e.
|
A
alternativa “b” e “d” estão corretas.
|
Pergunta 9
1.
Sexualidade
e gênero são dimensões diferentes que integram a identidade pessoal de cada
indivíduo. Ambos surgem, são afetados e se transformam conforme os valores
sociais vigentes em uma dada época. São partes, assim, da cultura, construídas
em determinado período histórico, ajudando a organizar a vida individual e
coletiva das pessoas.
(BRASIL,
“Gênero e diversidade na escola: formação de professoras/es em gênero,
orientação sexual e relações étnico-raciais”. Livro de conteúdo. versão 2009.
Rio de Janeiro: CEPESC; Brasília: SPM, 2009. pág. 46)
Em
síntese, o parágrafo anterior significa que:
a.
|
É
o país que constrói o gênero, simbolizando as atividades como masculinas e
femininas.
|
|
b.
|
É a cultura que constrói o gênero,
simbolizando as atividades como masculinas e femininas.
|
|
c.
|
É
a indústria fonológica que constrói o gênero, simbolizando as atividades como
masculinas.
|
|
d.
|
É
a gramática que constrói as relações de gênero.
|
|
e.
|
Nenhuma
das alternativas anteriores está correta.
|
Pergunta 10
1.
Um
dos marcos do feminismo no século XX foi a publicação do livro “O Segundo
Sexo”, em 1949, por Simone de Beauvoir. O livro se transformou em referência.
Somente no idioma francês vendeu mais de um milhão e meio de cópias. A mulher,
segundo Beauvoir, era resultado de uma elaboração cultural e histórica a partir
de uma alteridade masculina, isto é, que essas estruturas de alteridade
envolvem relações entre homens e entre grupos de homens, que são de natureza
simétrica, já que todo sujeito se opõe a outro e é também outro para ele. Já no
caso das relações entre homens e mulheres não há simetria. Qual é a frase
célebre que Simone de Beauvoir citou para descrever a oposição assimétrica da
dualidade de sexos, em que o termo masculino é ao mesmo tempo um termo positivo
e o termo neutro, enquanto o termo feminino é apenas negativo?
a.
|
“Se
nasce mulher e deve utilizar roupas na cor rosa, pois é a cor biológica que
define a forma que a fêmea humana vai ser na sociedade.”
|
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
b.
|
“Não se nasce mulher: torna-se
mulher: nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a
fêmea humana assume no seio da sociedade. É o conjunto da civilização que
elabora esse produto.”
|
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
c.
|
“Quando
se nasce mulher, a sociedade sabe o que é melhor para a menina; logo, devemos
comprar brinquedos adequados como panelinhas, vassouras de brinquedo e roupas
nas cores rosa e amarelo.”
|
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
d.
|
As
alternativas “a” e “c” estão corretas.
|
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
e.
|
“As
mulheres, pensadas como grupo social específico, carregam longa história de
exclusões, privações, discriminações, opressões, todas vivenciadas da mesma
forma.”
QUESTIONÁRIO ESTUDOS
DISCIPLINARES II PARTE 2
Pergunta 1
1.
A partir dos “Três ensaios da sexualidade”, de
Freud (1969), ele percebeu em seus estudos que o conjunto de práticas que
constituem a sexualidade normal e que dizem respeito à estimulação das zonas
erógenas, espalhadas pelo corpo todo, é experimentado desde muito cedo na
vida de um ser humano. Assim, ao que se refere à sexualidade da criança, o
bebê aprende a brincar e ter prazer com o próprio corpo. Na faixa etária
entre 3 e 4 anos de idade, denominado período de latência sexual da infância,
as crianças gostam de brincar de fazer cócegas, tocar os próprios genitais,
fazer perguntas sobre de onde vem os bebês, também chamada a fase dos
“porquês”.
Como
são chamadas essas “atividades” na criança de acordo com a teoria psicossexual
de Freud?
Pergunta 2
1.
A questão da sexualidade, do corpo e do gênero
chega à educação a partir de quais documentos oficiais no Brasil?
Pergunta 3
1.
Ao que se refere à construção da identidade feminina
são concedidos alguns atributos às mulheres. Rocha e Coutinho (1994) citam
alguns como: fragilidade, intuição, abnegação, docilidade, cuidado,
maternidade e fidelidade são qualidades atribuídas às mulheres, e
frequentemente são vistas como parte inerente ou imutável da natureza
feminina ou da feminilidade. Por exemplo, antes mesmo de nascermos, nossa
identidade de gênero vai sendo constituída, a primeira pergunta que fazem a
nossos pais é “é menina ou menino?”. A partir de então, o futuro da criança
vai sendo construído, incluindo atividades ou esportes que poderão ou não
participar (balé ou futebol) e tipos de carreiras que poderão seguir.
(Rocha-Coutinho,
M. L. (1994). “Tecendo por trás dos panos: mulher brasileira nas relações
familiares”. Rio de Janeiro: Rocco)
As
expectativas de nossos pais e da sociedade são fortes influências para a
construção da identidade feminina ou masculina. Assim, o que é importante
levar em consideração ao que se refere a essas expectativas?
Pergunta 4
1.
De acordo com o Referencial Curricular
Nacional para a Educação Infantil (RCNEI), a sexualidade tem grande
importância no desenvolvimento e na vida psíquica das pessoas, pois
independentemente da potencialidade reprodutiva, relaciona-se com o prazer,
necessidade fundamental dos seres humanos. A sexualidade, para o
adolescente e o adulto, tem caráter estritamente erótico e está ligada
apenas à realização desses desejos. O erotismo genital relaciona-se com
o período da puberdade, com o amadurecimento genital e com o processo da
genitalidade que determinará a própria sexualidade. Diferentemente acontece
na criança que, ao explorar o próprio corpo, o faz para conhecê-lo. A criança
cedo aprende a brincar e a tirar prazer de seu próprio corpo e isso faz parte
de seu desenvolvimento tanto quanto engatinhar, andar ou falar.
Nesse
sentido, a sexualidade na criança:
Pergunta 5
1.
Igualdade significa a relação entre os indivíduos
em virtude da qual todos são portadores dos mesmos direitos fundamentais, que
provêm da humanidade e definem a dignidade da pessoa humana. No entanto, na
história, nem sempre o conceito de igualdade tinha o mesmo significado com o
conceito hoje. Por exemplo, ser um cidadão ateniense no século VII não era
uma condição de que usufruíam todos os habitantes de Atenas. Naquela sociedade,
as mulheres, os escravos e os estrangeiros não eram considerados cidadãos.
Hoje, no Brasil, temos o Programa Pró-Equidade de Gênero do BNDES - que
confere a indústrias e instituições o selo Pró-Equidade de Gênero que é um
atributo que distingue a empresa como instituição comprometida com o combate
à discriminação e com a promoção da igualdade entre homens e mulheres no
mundo do trabalho.
O
que é igualdade/equidade de gênero?
Pergunta 6
1.
Josefina, professora de uma creche, estava
entretida com um grupinho de crianças (a maioria delas com três anos de
idade) que se travestiam das mais diferentes personagens. Algumas passavam
batom, outras colocavam chapéu, cintos, capas; outras, salto alto e algumas
meninas pediram para Josefina pintar-lhes as unhas da mão. De repente, vem o
Toninho e pede que ela pinte também as suas. Era a primeira vez que assim
acontecia. Nossa professora ficou confusa, preocupada com o que as mães e os
pais pudessem achar disso e para ganhar tempo enquanto pensava como proceder
perguntou para ele:
-
Você já pintou as unhas antes? Seu pai pinta as unhas?
E
ele respondeu prontamente:
-
Ah, eu nunca pintei antes. Meu pai não pinta também.
Bela
resposta, pensou, e eu, o que faço? Pergunto mais alguma coisa, quem sabe ele
muda de ideia.
-
De que cor você quer pintar?
E
decidido, Toninho responde:
-
VER-ME-LHO.
E
agora? Lá se foi meu emprego... Bom, mais uma pergunta, e quem sabe tudo se
resolve
-
Mas porque vermelho?
E
Toninho responde todo feliz:
-
É a cor do Schumacher!
Ana
Lúcia Goulart de Faria (2006), ao citar a história do “Toninho”, pretende
introduzir uma questão complexa que acontece na educação. Que temática
complexa é essa que a autora cita?
Pergunta 7
1.
No Ensino Fundamental I devemos trabalhar a
questão corpo, gênero e sexualidade de que maneira?
Pergunta 8
1.
O documento “Gênero e diversidade sexual na
escola: reconhecer diferenças e superar preconceitos”, editada pela
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD), do
Ministério da Educação, visa promover o reconhecimento e o respeito em
relação à diversidade sexual e discutir as consequências da homofobia para os
indivíduos, as relações e as comunidades. Sabemos que as atitudes
preconceituosas, discriminatórias e de ameaças que chegam a agressões físicas
são constantemente contra a população homossexual. Quando essas atitudes
acontecem na escola faz com que aconteça evasão escolar por violência
homofóbica.
Nesse
sentido podemos afirmar em relação à homofobia:
I)
A homofobia não afeta somente lésbicas, gays, bissexuais, travestis e
transexuais: comumente desde que um indivíduo não corresponda às normas de
gênero, passa a ser tratado, sobretudo, como potencial homossexual e
discriminado como tal.
II)
A evasão escolar por violência homofóbica parece ser uma realidade nas
escolas, mas se desconhece em que medida ou com qual intensidade a homofobia
tem provocado a queda no rendimento escolar de estudantes ou até mesmo a
interrupção dos estudos.
III)
Pesquisas demonstram a existência de uma gama de formas de discriminações e
agressões para além dos crimes de ódio, sendo que a escola ocupa um lugar
considerável em incidência desses casos, ocupando o segundo ou terceiro local
de maior índice de violência homofóbica.
IV)
A homofobia afeta somente heterossexuais.
Dentre
as alternativas, quais estão corretas?
Pergunta 9
1.
Pesquisas realizadas pela UNESCO (2010)
demonstram que programas de educação em sexualidade que compartilham
certas características podem colaborar para:
Pergunta 10
1. “Quando lembramos
a temática referente aos direitos das mulheres e equidade de gênero, não
podemos esquecer as questões históricas referentes à socialização das mesmas.
Na história houve mulheres que questionaram a desigualdade de direitos entre
mulheres e homens. Na Revolução Francesa, Olimpia de Gouges foi guilhotinada
por seus companheiros de luta por ter sido redatora da Declaração dos
Direitos da Mulher e da Cidadã, na qual reivindicava a igualdade de direitos
das mulheres frente aos homens. Já faz mais de 100 anos que aconteceram em
diferentes partes do mundo as lutas das mulheres pelo direto ao voto, à
cidadania e a melhores condições de vida e de trabalho.”
(“Trabalhando
com mulheres jovens: empoderamento, cidadania e saúde” / Promundo; Salud e
Gênero; ECOS; Instituto PAPAI; World Education – Rio de Janeiro: Promundo,
2008. p.17)
Quando
se fala em gênero e políticas públicas, quais são os aspectos dialógicos no
Brasil?
|
QUESTIONÁRIOS TI ESTUDOS DISCIPLINARES II
Pergunta 1
1.
O
campo de estudos de gênero consolidou-se no Brasil no final dos anos 1970,
concomitantemente ao fortalecimento do movimento feminista no país. (FARAH,
2004). Quais principais avanços alcançados pelo movimento feminista?
a.
|
O empoderamento feminino, a
licença-maternidade; o aleitamento materno no período do trabalho, as
discussões frente à legalização do aborto, o planejamento familiar e a
discussão, sobre a prevenção.
|
|
b.
|
A
luta de classes, o direito de praticar o aborto, a divisão entre homens e
mulheres da prevenção e o planejamento familiar.
|
|
c.
|
O
direito da mulher de ficar sob o domínio do pai e, quando casada do marido,
cuidar da família e dos afazeres domésticos.
|
|
d.
|
O
empoderamento feminino, a licença-maternidade de 60 dias, o aleitamento na
residência, o direito ao aborto, e o planejamento familiar, tarefa única e
exclusiva da mulher.
|
|
e.
|
O
empoderamento masculino, o direito de não aceitar que a mulher ocupe função
não adequada ao seu sexo.
|
|
Pergunta 2
1.
Borrillo
(2009) cita que:
No
cerne do tratamento discriminatório, a homofobia tem um papel importante, dado
que é uma forma de inferiorização, consequência direta da hierarquização das
sexualidades, que confere à heterossexualidade um status superior e natural.
Enquanto a heterossexualidade é definida pelo dicionário como a sexualidade
(considerada normal) do heterossexual, e este, como aquele que experimenta uma
atração sexual (considerada normal) pelos indivíduos do sexo oposto, a
homossexualidade, por sua vez, encontra-se desprovida dessa normalidade. Nos
dicionários de sinônimos, a palavra “heterossexualidade” nem sequer aparece;
por outro lado, androgamia, androfilia, homofilia, inversão, pederastia,
pedofilia, socratismo, uranismo, androfobia, lesbianismo, safismo e tribadismo
são propostos como equivalentes ao termo “homossexualidade”. E, se o dicionário
considera que um heterossexual é simplesmente o oposto de um homossexual, são
muitos os vocábulos que apresenta para designar esse último: gay, homófilo,
pederasta, enculé, bicha-louca, homo, bichona, bichinha, afeminado,
bicha-velha, maricona, invertido, sodomita, travesti, traveco, lésbica,
gomorreia, tríbade, sapatão, bi, gilete.
Fonte:
LIONÇO, Tatiana; e DINIZ, Debora (org). Homofobia & Educação: um desafio ao
silêncio. A homofobia. Daniel Borrillo. 15-46. Brasília: LetrasLivres :
EdUnB, 2009.
Diante
do exposto percebemos que a visão hegemônica reforça alguns vocábulos baseados
em heteronormatividades. Como podemos reverter tal situação a fim de reduzir
esta forma de preconceito?
a.
|
O
desafio é usar uma linguagem padronizada e ensinar os alunos agir de maneira
dissimulada frente à diversidade.
|
|
b.
|
O
desafio de ensinar a premissa de que devemos julgar as pessoas porque elas
não possuem a mesma capacidade de um cidadão normal.
|
|
c.
|
O desafio é adotar uma prática
pedagógica reflexiva sobre os preconceitos sexuais e as situações de
desigualdade e de violência que são gerados a partir de uma moral sexual.
|
|
d.
|
O
preconceito às diferenças nos qualifica enquanto seres humanos e possibilita
aceitar que o outro é inferior, devido às suas doenças e capacidade.
|
|
e.
|
Nenhuma
das alternativas anteriores está correta.
|
Pergunta 3
1. Acompanhamos desde
2006 o Projeto de Lei da Câmara no 122 (PL 122/2006), que altera a Lei no
7.716/1989, o Decreto-Lei no 2.848/1940 e o Decreto-Lei no 5.452/1943. O
projeto tem a finalidade de coibir a discriminação de gênero, sexo, orientação
sexual e identidade de gênero. Em dezembro de 2013, o relator votou pela aprovação
e “define e pune os crimes de ódio e intolerância resultantes de discriminação
ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, origem, gênero, sexo, orientação
sexual, identidade de gênero ou condição de pessoa idosa ou com deficiência”.
Diante de seus conhecimentos como você define “identidade de gênero”?
a.
|
É
a identidade da qual nossos pais definem quando nascemos, ou somos mulher ou
homem, de acordo com nossa genitália.
|
|
b.
|
O
modo que é definido a partir da genitália se trata de uma convenção que
define homens e homossexuais.
|
|
c.
|
O modo como nos sentimos homem ou
mulher. Como somos vistos e tratados pelas pessoas ao nosso redor.
|
|
d.
|
Trata-se
da divisão dos atributos entre homens e mulheres, é sinônimo de sexo.
|
|
e.
|
A
identidade de gênero é utilizada para designar o sexo biológico, a
sexualidade e o corpo.
|
Pergunta 4
1. As crianças pensam
“o corpo a partir de suas mentes e de suas emoções”, da ação, da fantasia, da
intuição, da razão, da imitação, da emoção, das linguagens, das lógicas e da
cultura. Assim, observe o diálogo entre duas crianças de cinco anos de uma escola.
Antônio está brincando de casinha com
Joana, após varrer o pátio entra na casa e dirige-se ao bebê, e diz: – “já vou
colocar o leite para esquentar e preparar a mamadeira”. Joana, que estava
arrumando a casa, ao ouvir o que Antonio falou, se volta zangada para ele e
fala: – “Não Antônio eu sou a mãe” (Diário de Campo, em 03/05/04)
Fonte: GUERRA, Judite. "Dos
segredos sagrados": gênero e sexualidade no contexto de uma escola
infantil. Porto Alegre, Dissertação de Mestrado, Faculdade de Educação, UFRGS,
2005.
Responda:
o ambiente da Educação Infantil é propício à
vivência de situações lúdicas diárias, esse momento ilustrado pela pesquisadora
indica que a menina:
a.
|
aceita
a ação do menino como natural, pois a tarefa desenvolvida pelo menino é
normal.
|
|
b.
|
identifica
que os afazeres domésticos que o menino desenvolvia são trabalho de homem.
|
|
c.
|
já
naturalizou que os homens na sociedade maternalmente cuidam de bebê direto.
|
|
d.
|
já naturalizou os
saberes e as práticas da maternidade do grupo sociocultural a que pertence.
|
|
e.
|
observa
a relação entre ambos de maneira simétrica, em que não há diferença de
atribuições.
|
Pergunta 5
1.
O Grupo Gay da Bahia (GGB) registrou 312
assassinatos de gays, travestis e lésbicas no Brasil em 2013, média de uma
morte a cada 28 horas. O número é 7,7% menor que os crimes de 2012 (quando
ocorreram 388 assassinatos), mas a entidade assinala que as mortes de
homossexuais aumentaram 14,7% desde a posse da presidente Dilma Rousseff. Os
ativistas acusam as autoridades estaduais e federal de não garantir "a
segurança da comunidade LGBT". Conforme o GGB, "a falta de políticas
públicas dirigidas às minorias sexuais mancha de sangue as mãos de nossas
autoridades. E 2014 começa ainda mais sanguinário: só neste último janeiro
foram documentados 42 homicídios, um a cada 18 horas".
Fonte:
BIAGGIO. Talento. GGB registra 312 assassinatos de gays em 2013. Disponível
em: <http://atarde.uol.com.br/brasil/materias/1568348-ggb-registra-312-assassinatos-de-gays-em-2013>
Diante
dos dados apresentados e de acordo com os conteúdos estudados, quais as três
intervenções que o GGB recomenda contra os crimes homofóbicos?
a.
|
Educar para a indiferença, legislação sobre os direitos e os deveres
do cidadão homossexual. Além de “tratar homossexuais” como forma de ajudar a
corrigir esse comportamento.
|
|
b.
|
Que
o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) e os
Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCN) sejam
obrigatórios seu uso na sociedade.
|
|
c.
|
Ser
livre para expressar as sua vontades e opções sexuais, além de
ter atitudes de insinuação que colaboram contra os crimes.
|
|
d.
|
Fornecer
apoio aos agressores, educar e tratar os homossexuais, já que o homossexualismo
é uma “epidemia grave”.
|
|
e.
|
Educar a população para promover e
respeitar os direitos humanos; exigir que a polícia e a justiça punam com
toda severidade a homofobia; prevenir que os próprios gays e travestis se
coloquem em situações de risco.
|
Pergunta 6
1.
O
documento “Gênero e diversidade sexual na escola: reconhecer diferenças e
superar preconceitos”, editada pela Secretaria de Educação Continuada,
Alfabetização e Diversidade (SECAD), do Ministério da Educação, visa promover o
reconhecimento e o respeito em relação à diversidade sexual e discutir as
consequências da homofobia para os indivíduos, as relações e as comunidades.
Sabemos que as atitudes preconceituosas, discriminatórias e de ameaças que
chegam a agressões físicas são constantemente contra a população homossexual.
Quando essas atitudes acontecem na escola faz com que aconteça evasão escolar
por violência homofóbica.
Nesse sentido podemos afirmar em
relação à homofobia:
I) A homofobia não afeta somente
lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais: comumente desde que um
indivíduo não corresponda às normas de gênero, passa a ser tratado, sobretudo,
como potencial homossexual e discriminado como tal.
II) A evasão escolar por violência
homofóbica parece ser uma realidade nas escolas, mas se desconhece em que
medida ou com qual intensidade a homofobia tem provocado a queda no rendimento
escolar de estudantes ou até mesmo a interrupção dos estudos.
III) Pesquisas demonstram a existência
de uma gama de formas de discriminações e agressões para além dos crimes de
ódio, sendo que a escola ocupa um lugar considerável em incidência desses
casos, ocupando o segundo ou terceiro local de maior índice de violência
homofóbica.
IV) A homofobia afeta somente heterossexuais.
Dentre
as alternativas, quais estão corretas?
a.
|
Somente
as alternativas I e IV.
|
|
b.
|
Somente
as alternativas II, III e IV.
|
|
c.
|
Somente as
alternativas I, II e III.
|
|
d.
|
Somente
as alternativas II e III.
|
|
e.
|
Somente
as alternativas I e III.
|
Pergunta 7
1.
De
acordo com Vianna e Unbehaum (2004), no final dos anos de 1980, foram intensas
as mudanças na educação brasileira. Entre as mudanças em meados de 1990, está a
incorporação do gênero nas políticas públicas de educação. Cite quais os
documentos importantes nesse período na área da educação?
a.
|
A
Lei de Diretrizes e Bases da educação.
|
|
b.
|
A
Lei de Diretrizes e Bases da educação e os parâmetros da educação do Ensino
Médio.
|
|
c.
|
Os
parâmetros da educação do Ensino Médio e do Ensino Fundamental.
|
|
d.
|
Nenhuma
das alternativas.
|
|
e.
|
Referencial Curricular Nacional para
a Educação Infantil (RCNEI) e os Parâmetros Curriculares Nacionais para o
Ensino Fundamental (PCN)
|
Pergunta 8
1.
Josefina,
professora de uma creche, estava entretida com um grupinho de crianças (a
maioria delas com três anos de idade) que se travestiam das mais diferentes
personagens. Algumas passavam batom, outras colocavam chapéu, cintos, capas;
outras, salto alto e algumas meninas pediram para Josefina pintar-lhes as unhas
da mão. De repente, vem o Toninho e pede que ela pinte também as suas. Era a
primeira vez que assim acontecia. Nossa professora ficou confusa, preocupada
com o que as mães e os pais pudessem achar disso e para ganhar tempo enquanto
pensava como proceder perguntou para ele:
- Você já pintou as unhas antes? Seu
pai pinta as unhas?
E ele respondeu prontamente:
- Ah, eu nunca pintei antes. Meu pai não
pinta também.
Bela resposta, pensou, e eu, o que
faço? Pergunto mais alguma coisa, quem sabe ele muda de ideia.
- De que cor você quer pintar?
E decidido, Toninho responde:
- VER-ME-LHO.
E agora? Lá se foi meu emprego... Bom,
mais uma pergunta, e quem sabe tudo se resolve
- Mas porque vermelho?
E Toninho responde todo feliz:
- É a cor do Schumacher!
Ana
Lúcia Goulart de Faria (2006), ao citar a história do “Toninho”, pretende
introduzir uma questão complexa que acontece na educação. Que temática complexa
é essa que a autora cita?
a.
|
As questões de
relações de gênero na Educação Infantil.
|
|
b.
|
A
temática da sexualidade no Ensino Fundamental I.
|
|
c.
|
As
questões da educação integral em que todas as crianças podem fazer o que
desejam.
|
|
d.
|
As
questões de relações de desigualdade em que as meninas estão expostas.
|
|
e.
|
As
alternativas “c” e “d” estão corretas.
|
Pergunta 9
1.
Pesquisas
realizadas pela UNESCO (2010) demonstram que programas de educação em
sexualidade que compartilham certas características podem colaborar
para:
a.
|
Estimular
a iniciação sexual e aumentar a frequência de atividade sexual.
|
|
b.
|
Aumentar
a gravidez na adolescência já que falar sobre sexualidade estimula a
iniciação sexual.
|
|
c.
|
Antecipar
o início de relações sexuais, reduzir a frequência de atividade sexual
sem proteção, aumentar o número de parceiros sexuais
e diminuir o uso de proteção contra gravidez indesejada e DSTs durante
relações sexuais.
|
|
d.
|
Abster-se ou
retardar o início de relações sexuais, reduzir a frequência de atividade
sexual sem proteção, reduzir o número de parceiros sexuais e aumentar o
uso de proteção contra gravidez indesejada e DSTs durante relações sexuais.
|
|
e.
|
Estimular
a iniciação sexual e diminuir o uso de proteção contra gravidez
indesejada e DSTs durante relações sexuais.
|
Pergunta 10
1.
Qual
é o conceito de sexualidade e sexo, respectivamente?
a.
|
Sexualidade
é apenas o erotismo e sexo é somente o relacionamento físico apenas para
procriação.
|
|
b.
|
Sexualidade
é erotismo e sexo tem o mesmo conceito de gênero.
|
|
c.
|
Sexualidade
é a mesma coisa que sexo, são sinônimos.
|
|
d.
|
Sexualidade
é a integralidade, é uma energia que não pode ser sentida e sexo é o gênero.
|
|
e.
|
Sexualidade forma
a parte integral da personalidade de cada um, uma necessidade básica, um
aspecto do ser humano que não pode ser separado de outros aspectos, e o sexo
é a matriz biológica, que identifica uma pessoa como homem ou mulher, ou os
processos fisiológicos e psicológicos que ocorrem no interior do indivíduo
que determinam um relacionamento físico destinado à procriação e/ou prazer
erótico.
|
Pergunta 4
1.
(Adaptação
UFBA/2012) A partir do trecho do texto de Joan Scott, analise as afirmativas e
marque V (para as verdadeiras) e F (para as falsas).
“O gênero é um elemento constitutivo de
relações sociais fundadas sobre as diferenças sexuais percebidas entre os
sexos, e o gênero é um primeiro modo de dar significado às relações de poder.
[...] O gênero implica quatro elementos: primeiro, os símbolos culturalmente
disponíveis que evocam representações simbólicas (e com frequência
contraditória) [...]. Em segundo lugar, os conceitos normativos que põem em
evidência as interpretações do sentido dos símbolos [...]. [Em terceiro,] as
instituições e a organização social, [e, por fim], o quarto aspecto do gênero é
a identidade subjetiva.” (SCOTT, 1990, p. 14-15).
A análise do texto e os conhecimentos
sobre os estudos acerca do gênero realizados por Joan Scott permitem afirmar:
( ) Na perspectiva de Scott, a construção
de gênero é essencialmente um processo de representação social, um meio de
decodificar o sentido do mundo, estabelecido, primordialmente, através da
linguagem.
( ) O conceito de gênero
desenvolvido pela autora baseia-se na valorização das relações de poder –
significando que gênero não é apenas o primeiro, mas o mais importante campo de
significação do poder na sociedade.
( ) Ao construir um modelo
teórico para explicitar o modo de estruturação das relações de gênero na
sociedade, essa autora acaba também por oferecer um modelo operativo que
desvela não apenas o modus operandi das estruturas de
dominação, mas também estratégias de enfrentamento com vistas a uma possível
mudança desse contexto.
( ) Para Scott, gênero é uma das
principais formas pelas quais o poder político tem sido concebido, legitimado e
também criticado, porque, ao tomar como referência a oposição
masculino-feminino, cria uma percepção de permanência, de fixidez e de oposição
binária.
( )
Quando evoca a importância dos símbolos e dos conceitos normativos, a autora
sinaliza para a interconexão entre essas dimensões, pois, para ela, as
representações simbólicas precisam ser compreendidas em suas modalidades e
remetidas a seus contextos de produção, através de conceitos normativos, divulgados
e impostos por meio das instituições.
a.
|
V
– V – V – V – F
|
|
b.
|
F
– V – V – V – V
|
|
c.
|
V – F – V – V – V
|
|
d.
|
V
– V – V – F – F
|
|
e.
|
F
– V – V – F – F
|
Pergunta 7
1.
FREITAS
(2011) evidencia que a escola é um espaço de discriminação, muitos estudantes
são excluídos das salas de aula, seja por um comportamento que não condiz com
os preestabelecidos ou simplesmente por considerarem que a homossexualidade é
um pecado ou doença. De acordo com Seffner (2009), a escola deve ser um espaço
de inclusão e acolhimento da diversidade sexual.
Nesse
sentido o autor cita que:
Ao
pensar na elaboração de ações que contribuam para garantir a efetiva inclusão
da questão da diversidade sexual na pauta de estudos das escolas, a inclusão e
a permanência efetiva dos alunos e das alunas que manifestam orientação sexual
diferente da heterossexual.
Fonte:
SEFFNER, Fernando. “Equívocos e armadilhas na articulação entre diversidade
sexual e políticas de inclusão escolar”. 125-140. In: JUNQUEIRA, Rogério Diniz
(org). Diversidade Sexual na Educação: problematizações sobre a homofobia nas
escolas. Brasília. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada,
Alfabetização e Diversidade, UNESCO, 2009.
De
acordo com seus conhecimentos, quais os pontos importantes que devemos observar
na elaboração de ações educativas no espaço escolar?
I) O
maior objetivo referente às ações de inclusão é criar dentro das escola um
“ambiente de respeito e valorização da diferença”.
II)
Quanto às discussões referente à sexualidade, devemos levar em conta que a
“escola é um espaço público, e necessariamente laico”, assim as regras devem
ser “democráticas de convívio, de valorização e de respeito à diferença”.
III)
Proporcionar ampla formação docente para que os professores e professoras
sintam-se aptos a planejar suas atividades didáticas acerca do tema.
IV)
A escola deve trabalhar essas questões “por baixo dos panos”, pois esse tema
não está nos Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação.
Dentre
as alternativas, quais estão corretas?
a.
|
Somente
as alternativas I e IV.
|
|
b.
|
Somente
as alternativas II, III e IV.
|
|
c.
|
Somente as alternativas I, II e III.
|
|
d.
|
Somente
as alternativas II e III.
|
|
e.
|
Somente
as alternativas I e III.
|
Pergunta 8
1.
Leia
o relato abaixo e responda:
Botafogo
e Figueirense entram em campo [...], no Orlando Scarpelli, pela terceira fase
da Copa do Brasil. O duelo não traz boas recordações ao Glorioso que, em 23 de
maio 2007, sofreu um duro golpe, ao ver a equipe catarinense se classificar
para a final do campeonato em pleno Maracanã, em um jogo que ficou marcado por
erros da bandeirinha Ana Paula de Oliveira, que anulou dois gols legítimos do
Botafogo.
Fonte:
Memória: Ana Paula erra, e Botafogo é eliminado pelo Figueirense em 2007.
Disponível
em:< http://sportv.globo.com/site/programas/e-gol/noticia/2013/07/ana-paula-erra-botafogo-vence-mas-figueira-vai-final-da-copa-do-brasil.html>
Após
esse episódio, Roseli Sayão, escreveu para a Folha de São Paulo expressando sua
opinião acerca do acontecimento.
Pelo
que li, ela errou na arbitragem de um jogo de futebol importante, e isso rendeu
penalidade e mil e um comentários. Minha atenção foi fisgada pelo fato de o
erro dela ter estimulado muitos comentários machistas, ou seja, formulados
apenas pelo fato de ela ser uma mulher que exerce uma atividade dominada pela
presença masculina. [...] Talvez esse seja um bom momento para pensarmos a
respeito de aspectos da educação que não relevamos, principalmente em relação
aos meninos.
Fonte:
SAYÃO. Rosely. Preconceito de gênero. 2007.
Disponível em:<http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq3105200719.htm>
De
acordo com o relato acima e com seus conhecimentos identifique e conceitue qual
o tipo de preconceito?
a.
|
Preconceito
é uma atitude social que eleva e acolhe as pessoas de acordo com o seu sexo.
Em geral os homens são os mais afetados. Devido à posição que ocupam na sociedade
e pelas atitudes.
|
|
b.
|
Preconceito de gênero ou sexismo é
uma atitude social que diminui ou exclui as pessoas de acordo com o seu sexo.
Em geral, as mulheres são as mais afetadas. Envolve ideias, palavras e atos
que, frequentemente, nem são percebidos.
|
|
c.
|
Preconceito
de raça ou racismo é em relação à cor, a partir de suas opiniões e ações.
Geralmente são os homens não negros que sofrem.
|
|
d.
|
Preconceito
homofóbico é uma opinião predeterminada. Em geral envolve mulheres e envolve
ideias, palavras e atos que, frequentemente, nem são percebidos.
|
|
e.
|
Preconceito
familiar está relacionado à escola e à sociedade. Envolve ideias, palavras e
atos que, frequentemente, são percebidos.
|
|
e.
|
observa
a relação entre ambos de maneira simétrica, em que não há diferença de
atribuições.
|
Pergunta 10
1.
Leia
o relato abaixo e responda.
Um
aspecto curioso de minha trajetória foi o processo de explicar a minha imagem
para as crianças de uma escola municipal. Fui encaminhada para desenvolver
oficinas de Arte com crianças de uma escola de periferia, na cidade de
Montenegro/RS, no projeto Ações Comunitárias Fundarte. Ao chegar à escola, a
diretora sugeriu que todos os alunos, dos sete aos 17 anos, fossem para uma
sala. Como eles não falavam sobre a (visível) situação [...], respondia a
perguntas simples até que um aluno comentou acerca do estudo das lagartas que
estavam fazendo na aula do 1o ano. Foi quando a diretora o interrompeu e disse
que tiraria as lagartas daquele lugar porque naquele momento isso não era
importante. Levei à mão à caixa e disse para a diretora que a deixasse ali mesmo,
pois seria a partir das lagartas que eu iria falar sobre transformação. Comecei
perguntando aos alunos sobre o que acontecia com as lagartas – viravam
borboletas –, para, a seguir, explicar que eu também havia passado por uma
transformação, que eu era um menino e que “um dia” decidi me transformar... Em
outras palavras, disse-lhes que vivia em um corpo estranho porque não me sentia
um homem e, sim, uma mulher, e que essa transformação demorou muito tempo: eu
cresci, estudei, me profissionalizei e fiz a transformação. Depois desta fala
surgiram várias perguntas. Eles conversaram e perguntaram sobre várias coisas
acerca das quais tinham curiosidade – segundo a diretora, essa havia sido a
melhor aula que o grupo já tivera nos últimos tempos.
Fonte:
SANTOS. Henrique Sacchi dos; RIBEIRO. Paula Regina Costa (orgs.). Corpo, gênero
e sexualidade: instâncias e práticas de produção nas políticas da própria vida.
Relato de Experiência – Marina Riedel. Explicando o possível: ser aceita pelas
crianças. p. 131. Rio Grande. FURG, 2011.
O
relato acima identifica a pessoa enquanto:
a.
|
bissexual.
|
|
b.
|
transexual.
|
|
c.
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heterossexual.
|
|
d.
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travesti.
|
|
e.
|
assexual.
|
***creditos do trabalho: Profª Maria Jose D de Freitas.
Prezada Marli
ResponderExcluirEsse conteúdo apesar de pertencer a UNIP digital, tem autoria e, é dessa professora que lhe escreve! Solicito gentilmente que coloque os créditos a mim que realizei essa produção intelectual.
Atenciosamente
Profª Maria Jose D de Freitas
Créditos do excelente trabalho dedicado a senhora, muito obrigado.
ExcluirParabéns Marli Lorencini por compartilhar.
ResponderExcluirDe nada vale realizar e não compartilhar.
Parabéns
Excelente!!!!
ResponderExcluirParabéns excelente material.
ResponderExcluir