QUESTIONÁRIO I ESTUDOS DISCIPLINARES IX
Pergunta 1
As
asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa
correta da I.
|
|
b.
|
As
asserções I e II são proposições verdadeiras e a II não é uma justificativa
correta da I.
|
c.
|
A asserção I é uma proposição
verdadeira e a II é uma proposição falsa.
|
d.
|
A
asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira.
|
e.
|
As
asserções I e II são proposições falsas.
|
Pergunta 2
1.
|
a.
|
I,
II e III
|
|
b.
|
II e III.
|
|
c.
|
I
e II
|
|
d.
|
I
e III.
|
|
e.
|
III,
apenas.
|
Pergunta 3
1.
|
a.
|
II e IV
|
|
b.
|
II
|
|
c.
|
I e III
|
|
d.
|
I e IV
|
|
e.
|
II e III.
|
0,5 pontos
Pergunta 4
1.
ACNUDH condena
violência em presídios brasileiros
O
Escritório Regional para América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas
para os Direitos Humanos (ACNUDH) condenou a violência ocorrida nesta semana em
distintos presídios brasileiros. Na Penitenciária Estadual de Cascavel, no
Paraná, pelo menos cinco presos foram mortos durante uma rebelião. Informações
indicam que duas das vítimas teriam sido decapitadas e mais duas foram jogadas
do telhado do presídio. Em Minas Gerais, dois motins acabaram com outro preso
morto e dezenas de feridos. Além disso, autoridades revelaram que mais um homem
foi morto no complexo penitenciário de Pedrinhas, no Maranhão.
“Pedimos
às autoridades competentes uma apuração rápida, imparcial e efetiva dos fatos e
das causas das revoltas, e que os responsáveis pelos crimes respondam na
justiça”, comentou o Representante do ACNUDH, Amerigo Incalcaterra. “Ficamos consternados
com o nível de violência observado recentemente nos presídios brasileiros. Não
é admissível que, no Brasil, a violência e as mortes dentro das prisões sejam
percebidas como normais e cotidianas”, disse Incalcaterra.
Além
disso, ele instou as autoridades brasileiras a adotarem medidas para prevenir a
violência nas unidades prisionais. “Superlotação, condições
penitenciárias inadequadas, torturas e maus-tratos contra detentos são uma
realidade em muitos presídios do Brasil, e isso também contribui com a
violência e constitui grave violação aos direitos humanos”, apontou o
Representante do Escritório na América do Sul.
“O
país deve reformar seu sistema penitenciário, incluindo pelo menos uma revisão
integral da política criminal brasileira e do uso excessivo da privação de
liberdade como punição a crimes”, concluiu Incalcaterra.
Disponível
em .
Acesso em 06 nov.
2014 (com adaptações).
Com base na
leitura, analise as afirmativas:
I. A
charge evidencia a inadequação do sistema prisional brasileiro e sugere a
aplicação de penas alternativas.
II.
Segundo Amerigo Incalcaterra, os motins e as rebeliões têm estreita relação com
a inadequação das unidades prisionais brasileiras.
III.
De acordo com o ACNUDH, a impunidade contribui com o aumento da violência no
Brasil.
Está
correto o que se afirma em:
|
a.
|
Apenas
a afirmativa I está correta
|
|
b.
|
Apenas a afirmativa II está correta.
|
|
c.
|
As
afirmativas I e II estão corretas.
|
|
d.
|
As
afirmativas II e III estão corretas.
|
|
e.
|
Apenas
a afirmativa III está correta.
|
Pergunta 5
1.
Com
base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas:
I.
Os quadrinhos visam a criticar o fato de que as acusações de racismo têm se
tornado cada vez mais frequentes.
II.
Os quadrinhos ilustram o comportamento descrito no texto: as pessoas mantêm na
linguagem seu preconceito.
III.
O texto coloca, entre as raízes do preconceito racial, o sistema escravocrata,
que imperou até o final do século XIX no Brasil.
IV.
De acordo com o texto, a abolição da escravidão no Brasil, embora tardia,
permitiu que os negros se integrassem completamente à sociedade capitalista.
Está
correto o que se afirma em:
|
a.
|
II e III
|
|
b.
|
II
e IV
|
|
c.
|
I
e III.
|
|
d.
|
I
e II
|
|
e.
|
I
e IV.
|
Pergunta 6
1.
Com
base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as asserções e assinale a
alternativa correta.
I. A
reação do personagem diante da televisão revela uma visão antagônica àquela
apresentada por Marcondes Filho sobre o sensacionalismo.
PORQUE
II.
De acordo com Marcondes Filho, as notícias sensacionalistas suprem as carências
de informação dos receptores, uma vez que são comprometidas com os elementos
factuais essenciais.
|
a.
|
As
duas asserções são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
|
|
b.
|
As
duas asserções são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.
|
|
c.
|
A
asserção I é verdadeira e a II é falsa.
|
|
d.
|
A
asserção I é falsa e a II é verdadeira.
|
|
e.
|
As duas asserções são falsas.
|
Pergunta 7
1.
I. O
objetivo da ilustração é mostrar que os meios de comunicação tecem o
conhecimento das crianças, contribuindo para um mundo mais bem informado.
II.
A ilustração é uma crítica aos meios de comunicação ultrapassados, que não
promoviam o acesso à informação como a internet faz atualmente.
III.
A ilustração sugere que os meios de comunicação de massa provocam perda de
autonomia do raciocínio.
Está
correto o que se afirma em:
|
a.
|
I.
|
|
b.
|
II.
|
|
c.
|
III
|
|
d.
|
I
e III.
|
|
e.
|
II
e III.
|
Pergunta 8
1.
Níveis
de poluição do ar estão crescendo em muitas das cidades mais pobres do mundo –
OPAS/OMS Brasil
Mais
de 80% das pessoas vivendo em áreas urbanas que monitoram a poluição do ar
estão expostas a níveis de qualidade do ar que excedem os limites da
Organização Mundial de Saúde (OMS). Embora todas as regiões do mundo sejam
afetadas, populações de baixa renda são as que mais sofrem impacto. De acordo
com o último banco de dados sobre a qualidade do ar em áreas urbanas, 98% das
cidades em países de baixa e média renda com mais de 100 mil habitantes não
atendem às diretrizes de qualidade do ar da OMS. Em países de alta renda, no
entanto, esse percentual cai para 56%. Nos dois últimos anos, o banco de dados
– que agora abrange 3 mil cidades em 103 países – quase dobrou, com mais
cidades medindo os níveis de poluição de ar e reconhecendo os impactos
associados à saúde. Enquanto a qualidade do ar em áreas urbanas cai, o risco de
acidentes vasculares cerebrais, doenças cardíacas, câncer de pulmão e doenças
respiratórias crônicas e agudas (incluindo asma) aumenta para as pessoas que
vivem nesses locais. “A poluição do ar é uma das principais causas de doenças e
mortes. A notícia de que mais cidades estão intensificando o monitoramento da
qualidade do ar é positiva, então quando tomam medidas para melhorá-lo passam a
ter um ponto de referência”, afirmou Flavia Bustreo, diretora-geral assistente
do programa da OMS sobre Saúde das Crianças, Mulheres e Família. “Quando o ar
poluído toma nossas cidades, as populações urbanas mais vulneráveis – mais jovens,
mais velhos e mais pobres – são as mais afetadas”.
Disponível
em . Acesso em 28 jun. 2016
Com
base na leitura, analise as afirmativas:
I. O
objetivo da charge é criticar os problemas do sistema de saúde brasileiro,
mostrando que ele salva alguns e prejudica outros.
II.
De acordo com o texto, 80% da população mundial sofre os males provocados pela
poluição.
III.
O texto e a charge abordam os problemas de saúde causados pela poluição do ar
nas cidades e propõem o monitoramento do ar como a solução para reverter essa
situação.
IV.
Nos países de alta renda, 56% das pessoas são afetadas pela poluição.
Assim,
assinale a alternativa correta:
|
a.
|
Nenhuma afirmativa é correta.
|
|
b.
|
As
afirmativas II e III são corretas.
|
|
c.
|
As
afirmativas I e IV são corretas.
|
|
d.
|
As
afirmativas II e IV são corretas.
|
|
e.
|
As
afirmativas I e III são corretas.
|
|
|
|
Pergunta 9
1.
Pokémon
GO no Brasil: Como foi o primeiro dia do jogo no país
Jogo
dos monstrinhos leva pessoas à rua e faz estranhos se socializarem
04/08/2016
– Bruno Silva
A
febre de Pokémon GO no Brasil já era mais do que esperada. Desde os pedidos
desesperados nas redes sociais, os protestos que levaram à invasão da conta do
criador do game no Twitter ao lançamento oficial do jogo no país, na última
quarta-feira (3), alcançando o topo da AppStore em menos de um dia, era de se
imaginar que o jogo teria, aqui, o mesmo sucesso encontrado lá fora. Mas e nas
ruas do país? Como seria a recepção? Para responder a essa pergunta,
aguardamos, como muitos, o raiar do sol (o jogo chegou aqui às 18h da quarta)
para embarcar na nossa própria jornada Pokémon.
Andei
pelas ruas de São Paulo e a resposta é: sim, Pokémon GO é uma febre. Em toda a
capital paulista, vários grupos se juntaram espontaneamente para jogar. Foi
muito fácil encontrar pessoas de todos os gêneros, idades e estilos nas ruas,
com um comportamento aparentemente duvidoso frente à tela do celular,
procurando seus monstros.
Nossa
jornada começou por volta das 9h30min. Como a Niantic já afirmou que os
monstros têm mais possibilidade de serem encontrados em parques e em pontos
turísticos, fui ao local que junta as duas características: o Parque do
Ibirapuera.
No
caminho, dentro de um Uber (nunca jogue ao volante!) liguei o aplicativo na
esperança de achar mais monstros, aproveitando o movimento do carro, mas só
encontrei Pidgeys e Zubats – os tipos mais comuns na rua. A aposta no
Ibirapuera deu certo: logo na entrada do portão 9 do parque encontrei um Eevee,
um Goldeen e um Paras.
A
janelinha de monstros próximos acusava a presença de mais monstros que ainda
não havia encontrado até então: Geodude, Staryu e um Bulbasaur. Procurei um
bocado, mas o inicial de grama não deu as caras. Observando o parque, era fácil
observar que algo estava diferente. Além dos habituais corredores e
ciclistas, um terceiro tipo de pessoa era bem comum nas pistas e gramados do
parque: pessoas andando com a cabeça baixa, olhando para a tela do
celular.
Olhei
de relance para a tela quando pude; em quase todos os casos, era Pokémon GO. Na
maioria das vezes, nem era necessário bisbilhotar: quando duas pessoas ou mais
estava com o celular na mão, a conversa invariavelmente era algo como “capturei
um Zubat com 150 CP” ou “tô quase evoluindo meu Pidgey”.
O
mais surpreendente, entretanto, veio quando me aproximei do Planetário do
Ibirapuera, que no game, é um ponto com quatro pokéstops adjacentes. Nas
quatro, foram colocados Lure Modules – itens que servem para atrair monstros
para a pokéstop – e, com isso, cerca de 15 pessoas estavam por ali, sentadas ou
andando em círculos, olho fixo no smartphone, o polegar se arrastando de baixo
para cima da tela.
O
problema de Pokémon GO: No meio do caminho, deparei com o principal
problema que aflige o jogador de Pokémon GO: a bateria do celular. O uso do
jogo no carro a caminho do parque e no local fez a energia do smartphone
despencar de 100% a 10% em pouco menos de uma hora e meia de uso.
Depois
que o celular apagou, perambulei pelo parque até achar uma tomada em uma
lanchonete, e passei 40min esperando o aparelho voltar a um nível seguro de
bateria. Lá, tive um encontro inusitado: o entregador da lanchonete estava
jogando Pokémon GO e imediatamente começamos a bater papo.
“Peguei
uns três ‘Bulbassauro’ já. Estou aproveitando as minhas entregas e o caminho de
ônibus pra capturar mais”, me contou o entregador, também reclamando que o
celular gasta muita bateria. “Vou voltar aqui no fim de semana com meu amigo
pra capturar mais”, finalizou.
Disponível
em .
Acesso em 10 ago. 2016.
Veja
as afirmações a seguir:
I. O
texto e a charge mostram que o Pokémon Go encontrou grande aceitação entre os
brasileiros e enaltecem o poder de engajamento do jogo.
II.
A charge critica a alienação de pessoas que aderem ao jogo e se desconectam da
realidade em que vivem.
III.
O texto e a charge apontam os problemas do Pokémon Go no comportamento das
pessoas, pois o jogo leva o usuário para uma realidade paralela, promovendo a
falta de sociabilidade.
IV.
O objetivo da charge é mostrar os aspectos positivos do jogo, que torna felizes
seus usuários, poupando-os dos problemas do mundo em que vivemos.
Está
correto o que se afirma em:
|
a.
|
I
e II.
|
|
b.
|
II
e III.
|
|
c.
|
I
e IV.
|
|
d.
|
II,
III e IV.
|
|
e.
|
II.
|
Pergunta 10
1. Leia a charge a
seguir:
Assinale
a alternativa que indica um ditado popular que tenha relação com a charge.
|
a.
|
O maior cego é aquele que se recusa a
ver.
|
|
b.
|
Mais
vale um pássaro na mão do que dois voando.
|
|
c.
|
Tão
grande é o erro como o que erra.
|
|
d.
|
A
grama do vizinho é sempre mais verde.
|
|
e.
|
As
melhores essências estão nos menores frascos.
|
QUESTIONÁRIO II ESTUDOS DISCIPLINARES IX
Pergunta 1
1.
Considerando
o mapa apresentado, analise as afirmativas que seguem:
I. A
globalização é fenômeno que ocorre de maneira desigual entre os países e o
progresso social independe dos avanços econômicos.
II.
Existe relação direta entre o crescimento da ocupação humana e o maior acesso
ao saneamento básico.
III.
Brasil, Rússia, Índia e China, países pertencentes ao bloco dos emergentes,
possuem percentual da população com acesso ao saneamento básico abaixo da média
mundial.
IV.
O maior acesso ao saneamento básico ocorre, em geral, em países desenvolvidos.
V.
Para se analisar o índice de desenvolvimento humano (IDH) de um país, devem-se
diagnosticar suas condições básicas de infraestrutura, seu PIB per capita, a
saúde e a educação.
É
correto o que se afirma em:
|
a.
|
I
e II
|
|
b.
|
I
e III.
|
|
c.
|
II
e V.
|
|
d.
|
III
e IV
|
|
e.
|
IV e V.
|
Pergunta 2
1.
O
alerta que a gravura acima pretende transmitir refere-se a uma situação que:
|
a.
|
Atinge
circunstancialmente os habitantes da área rural do País.
|
|
b.
|
Atinge,
por sua gravidade, principalmente as crianças da área rural.
|
|
c.
|
Preocupa no presente, com graves
consequências para o futuro.
|
|
d.
|
Preocupa
no presente, sem possibilidade de ter consequências no futuro.
|
|
e.
|
Preocupa,
por sua gravidade, especialmente os que têm filhos.
|
Pergunta 3
1. (Enade 2012) Leia o
texto a seguir:
Legisladores do mundo se comprometem a
alcançar os objetivos da Rio+20
Reunidos na cidade do Rio de Janeiro,
300 parlamentares de 85 países se comprometeram a ajudar seus governantes a
alcançar os objetivos estabelecidos nas conferências Rio+20 e Rio 92, assim
como a utilizar a legislação para promover um crescimento mais verde e
socialmente inclusivo para todos. Após três dias de encontros na Cúpula Mundial
de Legisladores, promovida pela GLOBE International — uma rede internacional de
parlamentares que discute ações legislativas em relação ao meio ambiente —, os
participantes assinaram um protocolo que tem como objetivo sanar as falhas no
processo da Rio 92. Em discurso durante a sessão de encerramento do
evento, o vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe
afirmou: “Esta Cúpula de Legisladores mostrou claramente que, apesar dos
acordos globais serem úteis, não precisamos esperar. Podemos agir e avançar
agora, porque as escolhas feitas hoje nas áreas de infraestrutura, energia e
tecnologia determinarão o futuro”.
Disponível
em .
Acesso em 22 jul. 2012 (adaptado).
O compromisso assumido pelos legisladores, explicitado no texto
acima, é condizente com o fato de que:
|
a.
|
Os acordos
internacionais relativos ao meio ambiente são autônomos, não exigindo de seus
signatários a adoção de medidas internas de implementação para que sejam
revestidos de exigibilidade pela comunidade internacional.
|
|
b.
|
A mera assinatura de chefes de Estado em acordos
internacionais não garante a implementação interna dos termos de tais acordos,
sendo imprescindível, para isso, a efetiva participação do Poder Legislativo
de cada país.
|
|
c.
|
As metas
estabelecidas na Conferência Rio 92 foram cumpridas devido à propositura de
novas leis internas, incremento de verbas orçamentárias destinadas ao meio
ambiente e monitoramento da implementação da agenda do Rio pelos respectivos
governos signatários.
|
|
d.
|
A atuação dos
parlamentos dos países signatários de acordos internacionais restringe-se aos
mandatos de seus respectivos governos, não havendo relação de causalidade
entre o compromisso de participação legislativa e o alcance dos objetivos
definidos em tais convenções.
|
|
e.
|
A Lei de Mudança
Climática aprovada recentemente no México não impacta o alcance de resultados
dos compromissos assumidos por aquele país de reduzir as emissões de gases do
efeito estufa, de evitar o desmatamento e de se adaptar aos impactos das
mudanças climáticas.
|
Pergunta 4
1.
(Enade 2012) Leia o texto a seguir:
É ou não ético roubar um remédio cujo preço é inacessível, a fim de
salvar alguém, que, sem ele, morreria? Seria um erro pensar que, desde sempre,
os homens têm as mesmas respostas para questões desse tipo. Com o passar do
tempo, as sociedades mudam e também mudam os homens que as compõem. Na Grécia
Antiga, por exemplo, a existência de escravos era perfeitamente legítima: as
pessoas não eram consideradas iguais entre si, e o fato de umas não terem
liberdade era considerado normal. Hoje em dia, ainda que nem sempre
respeitados, os Direitos Humanos impedem que alguém ouse defender,
explicitamente, a escravidão como algo legítimo.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de
Educação Fundamental. Ética. Brasília, 2012.
Disponível em
. Acesso em 16 jul. 2012 (adaptado).
Com relação à ética e à cidadania, avalie as afirmativas
seguintes:
I. Toda pessoa tem direito ao respeito de seus semelhantes, a uma vida
digna, a oportunidades de realizar seus projetos, mesmo que esteja cumprindo
pena de privação de liberdade, por ter cometido delito criminal, com trâmite
transitado e julgado.
II. Sem o estabelecimento de regras de conduta, não se constrói uma
sociedade democrática, pluralista por definição, e não se conta com
referenciais para se instaurar a cidadania como valor.
III. Segundo o princípio da dignidade humana, que é contrário ao
preconceito, toda e qualquer pessoa é digna e merecedora de respeito, não
importando, portanto, sexo, idade, cultura, raça, religião, classe social, grau
de instrução e orientação sexual.
É correto o que se afirma em:
|
a.
|
I, apenas.
|
|
b.
|
III, apenas
|
|
c.
|
I e II
|
|
d.
|
II e III.
|
|
e.
|
I, II e III.
|
Pergunta 5
1. (Enade 2014) Leia o
texto a seguir:
Uma ideia e um aparelho simples devem, em breve, ajudar a salvar vidas
de recém-nascidos. Idealizado pelo mecânico argentino Jorge Odón, o dispositivo
que leva seu sobrenome desentala um bebê preso no canal vaginal, e, por mais
inusitado que pareça, foi criado com base em técnica usada para remover rolhas
de dentro de garrafas.
O aparelho consiste em uma bolsa plástica inserida em uma proteção feita
do mesmo material e que envolve a cabeça da criança. Estando o dispositivo
devidamente posicionado, a bolsa é inflada para aderir à cabeça do bebê e ser
puxada aos poucos, de forma a não machucá-lo. O método Odón deve substituir
outros já arcaicos, como o de fórceps e o de tubos de sucção, os quais, se
usados por mãos mal treinadas, podem comprometer a vida do bebê, o que, segundo
especialistas, não deve acontecer com o novo equipamento.
Segundo o The New York Times, a ideia recebeu apoio da Organização
Mundial de Saúde (OMS) e já foi até licenciada por uma empresa norte-americana
de tecnologia médica. Não se sabe quando o equipamento começará a ser produzido
nem o preço a ser cobrado, mas presume-se que ele não passará de 50 dólares,
com redução do preço em países mais pobres.
GUSMÃO, G. Aparelho deve facilitar
partos em situações de emergência.
Disponível
em . Acesso em 18 nov. 2013
(adaptado).
Com relação ao texto acima, avalie as afirmações a seguir.
I. A utilização do método Odón poderá reduzir a taxa de mortalidade de
crianças ao nascer, mesmo em países pobres.
II. Por ser uma variante dos tubos de sucção, o aparelho desenvolvido
por Odón é resultado de aperfeiçoamento de equipamentos de parto.
III. Por seu uso simples, o dispositivo de Odón tem grande potencial de
ser usado em diversos países.
IV. A possibilidade de, em países mais pobres, reduzir-se o preço do
aparelho idealizado por Odón evidencia preocupação com a responsabilidade
social.
É correto o que se afirma em:
|
a.
|
I e II.
|
|
b.
|
I e IV.
|
|
c.
|
II e III.
|
|
d.
|
I, III e IV
|
|
e.
|
II, III e IV.
|
Pergunta 6
1. (Enade 2014) Leia o
texto a seguir:
Constantes transformações ocorreram nos meios, rural e urbano, a partir
do século XX. Com o advento da industrialização, houve mudanças importantes no
modo de vida das pessoas, em seus padrões culturais, valores e tradições. O
conjunto de acontecimentos provocou, tanto na zona urbana quanto na rural,
problemas como explosão demográfica, prejuízo nas atividades agrícolas e
violência. Iniciaram-se inúmeras transformações na natureza, criando-se
técnicas para objetos até então sem utilidade para o homem. Isso só foi
possível em decorrência dos recursos naturais existentes, que propiciaram
estrutura de crescimento e busca de prosperidade, o que faz da experimentação
um método de transformar os recursos em benefício próprio.
Santos, M. Metamorfoses do espaço
habitado.
São Paulo: Hucitec, 1988 (adaptado).
A partir das ideias expressas no texto acima, conclui-se que, no Brasil
do século XX:
|
a.
|
A industrialização
ocorreu independentemente do êxodo rural e dos recursos naturais disponíveis
|
|
b.
|
O êxodo rural para
as cidades não prejudicou as atividades agrícolas nem o meio rural porque
novas tecnologias haviam sido introduzidas no campo.
|
|
c.
|
Homens e mulheres
advindos do campo deixaram sua cultura e se adaptaram a outra, citadina,
totalmente diferente e oposta aos seus valores.
|
|
d.
|
Tanto o espaço urbano quanto o rural sofreram
transformações decorrentes da aplicação de novas tecnologias às atividades
industriais e agrícolas.
|
|
e.
|
Os migrantes
chegaram às grandes cidades trazendo consigo valores e tradições, que lhes
possibilitam manter intacta sua cultura, tal como se manifestava nas pequenas
cidades e no meio rural.
|
Pergunta 7
1. Analise as
asserções que seguem:
I. A palavra “abacaxi” deve ser acentuada.
PORQUE
II. Todas as palavras paroxítonas são acentuadas.
|
2.
3. É correto afirmar
que:
|
a.
|
A
primeira asserção é falsa e a segunda é verdadeira.
|
|
b.
|
A
primeira asserção é verdadeira e a segunda é falsa.
|
|
c.
|
As duas asserções são falsas.
|
|
d.
|
As
duas asserções são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
|
|
e.
|
As
duas asserções são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.
|
Pergunta 8
1. Analise as
asserções que seguem:
I. A palavra “abacaxi” deve ser acentuada.
PORQUE
II. Todas as palavras paroxítonas terminadas em
“i” são acentuadas.
|
2.
3. É correto afirmar
que:
|
a.
|
A primeira asserção é falsa e a segunda é
verdadeira.
|
|
b.
|
A
primeira asserção é verdadeira e a segunda é falsa.
|
|
c.
|
As
duas asserções são falsas.
|
|
d.
|
As
duas asserções são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
|
|
e.
|
As
duas asserções são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.
|
Pergunta 9
1. Analise as
asserções que seguem:
I. A palavra “abacaxi” não deve ser acentuada.
PORQUE
II. Todas as palavras paroxítonas terminadas em
“i” não são acentuadas.
|
2.
3. É correto afirmar
que:
|
a.
|
A
primeira asserção é falsa e a segunda é verdadeira.
|
|
b.
|
A primeira asserção é verdadeira e a
segunda é falsa.
|
|
c.
|
As
duas asserções são falsas.
|
|
d.
|
As
duas asserções são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
|
|
e.
|
As
duas asserções são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.
|
Pergunta 10
1. Analise as
asserções que seguem:
I. A palavra “catástrofe” deve ser acentuada.
PORQUE
II. Todas as palavras proparoxítonas são
acentuadas.
|
2.
3. É correto afirmar
que:
|
a.
|
A
primeira asserção é falsa e a segunda é verdadeira.
|
|
b.
|
A
primeira asserção é verdadeira e a segunda é falsa.
|
|
c.
|
As
duas asserções são falsas.
|
|
d.
|
As duas asserções são verdadeiras e a
segunda justifica a primeira.
|
|
e.
|
As
duas asserções são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.
|
QUESTIONÁRIO ESTUDOS DISCIPLINARES IX TI
Pergunta 1
1. Leia o texto a
seguir:
Energia
eólica no Brasil
No início da década de 2000, uma grande
seca no Brasil diminuiu o nível de água nas barragens hidrelétricas do país,
causando uma grave escassez de energia. A crise, que devastou a economia do
país e levou ao racionamento de energia elétrica, ressaltou a necessidade
urgente do país em diversificar suas fontes de energia.
[...] A primeira turbina de energia
eólica do Brasil foi instalada em Fernando de Noronha em 1992. Dez anos depois,
o governo criou o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia
Elétrica (Proinfa) para incentivar a utilização de outras fontes renováveis,
como eólica, biomassa e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). [...] Desde a criação do Proinfa, a
produção de energia eólica no Brasil aumentou de 22MW em 2003 para cerca de
1000MW em 2011 (quantidade suficiente para abastecer uma cidade de cerca de 400
mil residências).
[...] Segundo o Atlas do Potencial
Eólico Brasileiro, publicado pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica da
Eletrobrás, o território brasileiro tem capacidade para gerar cerca de
140GW.
O potencial de energia eólica no Brasil
é mais intenso de junho a dezembro, coincidindo com os meses de menor
intensidade de chuvas, ou seja, nos meses em que falta chuva é exatamente
quando venta mais! Isso coloca o vento como uma grande fonte suplementar à
energia gerada por hidrelétricas, a maior fonte de energia elétrica do
país.
Durante esse período podem-se preservar
as bacias hidrográficas fechando ou minimizando o uso das hidrelétricas. O
melhor exemplo disto é na região do Rio São Francisco. Por essa razão, esse
tipo de energia é excelente contra a baixa pluviosidade e a distribuição
geográfica dos recursos hídricos existentes no país.
A maior parte dos parques eólicos se
concentra nas regiões nordeste e sul do Brasil. No entanto, quase todo o
território nacional tem potencial para geração desse tipo de energia.
Disponível
em < https://goo.gl/zGP0ZM>
Acesso
em 05 nov. 2014 (com adaptações)
Com base na
leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta:
I. De acordo com o texto, a energia
eólica é uma alternativa viável para atender à demanda de cidades com até 400
mil habitantes.
II. Em 2011, a energia eólica gerada no
Brasil foi de menos de 1% do potencial eólico do país.
III. De 2003 a 2011, a produção de
energia eólica cresceu 978%.
Assim:
|
a.
|
Apenas a afirmativa I está correta.
|
|
b.
|
Apenas a afirmativa II está correta.
|
|
c.
|
As afirmativas II e III estão
corretas.
|
|
d.
|
As afirmativas I e II estão corretas.
|
|
e.
|
Todas as afirmativas estão corretas.
|
Pergunta 2
1. Leia o texto a
seguir:
São
Paulo, a capital mundial do grafite
A
cidade mais populosa da América Latina concentra um dos mais grandiosos
museus a céu aberto de arte urbana do mundo. Quando estiver andando por São
Paulo, olhe para cima. Ou para os lados. Não importa muito se está caminhando
por um bairro de classe média ou pela periferia. Há uma característica comum às
diferentes regiões da maior cidade mais populosa da América Latina: os grafites
e pichações, que vêm tomando conta dos muros nos mais de 1.500 quilômetros
quadrados da área de extensão, estão transformando São Paulo na capital mundial
do grafite.
De
maneira geral, a arte urbana não agrada a todos os gostos. Mas é unânime a
opinião de que São Paulo é uma cidade cinza, e o grafite insere cor a esse
cenário. "O grafite é uma manifestação artística que faz parte do
cotidiano de todos, quer você goste ou não. Ele se impõe", dizem os irmãos
Otávio e Gustavo Pandolfo, mais conhecidos como Os Gêmeos. A dupla de artistas
é conhecida, ao redor do mundo, pelos trabalhos que misturam certo realismo
fantástico com personagens bem característicos, sempre com cores e figuras
geométricas parecidas.
Os
irmãos começaram a grafitar em 1987 no bairro onde cresceram, o Cambuci, na
zona sul da capital paulista. "A arte não é para você gostar, é para você
refletir e pensar", completa Thiago Mundano, 27 anos, que se autointitula
“artivista”, por atrelar o grafite a ações sociais.
Na
Avenida Cruzeiro do Sul, na zona norte da capital, bem próximo a uma das duas
rodoviárias da cidade, um grupo de 58 artistas fez 66 painéis, criando, em
2011, o primeiro Museu Aberto de Arte Urbana de São Paulo (MAAU). Eles
levaram para as ruas uma das maiores características dessa arte: a
acessibilidade. "O fato de a arte estar na rua já é muito mais
democrático. A pessoa não precisa entrar numa galeria fechada para ver",
diz a artista e grafiteira Prila Paiva, 35 anos.
Organizado
com autorização da Prefeitura, esse museu é uma exceção. Como o grande negócio
do grafite é ocupar a cidade, os artistas nem sempre pintam em muros
autorizados. Existe um aspecto de subversão, que envolve, entre outras
coisas, "a adrenalina de pichar", segundo Mundano. Para ele, tudo é
relativo. “Um outdoor é tão agressivo quanto um grafite. Eu posso achar ruim,
para a minha filha, por exemplo, abrir a janela de casa e dar de cara com uma
mulher de calcinha e sutiã numa propaganda para vender lingerie”.
São
Paulo adotou, em janeiro de 2007, a Lei Cidade Limpa, durante a gestão do
ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), proibindo a propaganda em outdoors e em
imóveis públicos e privados. Já em relação aos grafites, ainda não houve um
acordo entre artistas e o poder público. Por isso, de um lado, a
Prefeitura apaga, cobrindo com tinta cinza, muitos dos muros grafitados. De
outro, grafiteiros e pichadores pintam os locais apagados novamente.
"Nunca sentimos, por parte da prefeitura, interesse de entender e
respeitar a cultura do grafite", contam Os Gêmeos.
"Existem
problemas sérios em São Paulo que precisam desse dinheiro do contribuinte, em
vez de ser investido em tinta cinza para apagar trabalhos de arte". Mesmo
assim, no final da gestão de Kassab, a Prefeitura publicou um guia bilíngue de
lugares para ver os grafites na cidade, com uma pequena ficha de alguns
artistas.
Por
tratar-se de uma arte muito efêmera, um dia a obra está lá e no outro pode já
ter sido apagada, o consultor financeiro Ricardo Czapski e a produtora cultural
Marina Gonzalez tiveram a ideia de eternizar algumas pinturas. Eles acabam de
lançar o livro Graffiti em São Paulo, que nasceu de um acervo de mais de dez
mil fotos que Czapski tirou, por cinco anos, de muros grafitados. "O
grafite tem uma recepção muito boa em todos os níveis. Não tem mais aquela má
impressão da arte marginal", diz Gonzalez. Com o passar dos anos, além do
reconhecimento do público, o grafite foi se tornando um negócio mais rentável.
Hoje, a arte urbana está presente em galerias e exposições pelo Brasil e pelo
mundo.
Pimp
My Carroça: Exemplo do cunho social que o grafite pode
desenvolver, em 2007, Thiago Mundano começou a pintar as carroças dos mais de
20.000 catadores de lixo reciclável de São Paulo que transportam, em um carrinho
improvisado, toneladas de papelão, vidro e alumínio para os centros de
reciclagem. "Percebi que essas pessoas são invisíveis, ninguém olha para
elas", diz Mundano.
A
meta, na época, era pintar 100 carroças, mas, com o tempo, Mundano viu que
apenas pintar não bastava. As carroças precisavam de itens de segurança, como
tintas refletoras para a noite, espelhos retrovisores, luvas e cordas para os
catadores. Assim, nasceu o projeto Pimp My Carroça.
Por
meio do site de crowdfunding Catarse, Mundano
arrecadou 64.000 reais (27,8 mil dólares), de 792 apoiadores. O projeto
cresceu, se transformou em um evento no centro de São Paulo, onde as carroças
foram pintadas e os catadores ganharam camisetas, alimentos e uma consulta com
um clínico geral.
De
lá pra cá, o Rio de Janeiro e Curitiba, a capital do Paraná, no Sul do país,
receberam uma edição do projeto, contabilizando mais de 120 voluntários e um
número já incontável de carroças pintadas. O próximo passo é desenvolver um
aplicativo para que qualquer um possa localizar os catadores que estiverem mais
próximos e entregar a eles o lixo reciclável.
Disponível
em .
Acesso
em 05 jun. 2016 (com adaptações).
Com base na
leitura, analise as afirmativas:
I. Apesar de haver controvérsias quanto
a aceitação do grafite e da pichação como formas de arte, há indícios de que o
reconhecimento dessas expressões artísticas está aumentando, como a criação do
Museu Aberto de Arte Urbana de São Paulo.
II. O grafite agrava o preconceito
social contra as pessoas mais pobres, uma vez que se trata de uma manifestação
popular que não alcança o prestígio das artes oficialmente reconhecidas.
III. De acordo com o texto, o grafite e
a pichação são comparáveis aos outdoors e deveria haver uma
legislação semelhante à Cidade Limpa para proibir essas manifestações.
IV. A acessibilidade, a efemeridade e a
relação com causas sociais são características da arte urbana.
Está correto o que
se afirma em:
|
a.
|
I e II.
|
|
b.
|
II e III.
|
|
c.
|
III e IV.
|
|
d.
|
I e IV.
|
|
e.
|
I, II e IV.
|
Pergunta 3
1. (Enade 2011). Leia
o excerto a seguir:
Em reportagem, Owen Jones, autor do
livro Chavs: a difamação da classe trabalhadora, publicado no Reino Unido,
comenta as recentes manifestações de rua em Londres e em outras principais
cidades inglesas. Jones prefere chamar atenção para as camadas sociais mais
desfavorecidas do país, que desde o início dos distúrbios, ficaram conhecidas
no mundo todo pelo apelido chavs, usado pelos britânicos para escarnecer dos
hábitos de consumo da classe trabalhadora.
Jones denuncia um sistemático abandono
governamental dessa parcela da população: “Os políticos insistem em culpar os
indivíduos pela desigualdade”, diz. “Você não vai ver alguém assumir ser um
chav, pois se trata de um insulto criado como forma de generalizar o
comportamento das classes mais baixas. Meu medo não é o preconceito e, sim, a
cortina de fumaça que ele oferece.
Os distúrbios estão servindo como o
argumento ideal para que se faça valer a ideologia de que os problemas sociais
são resultados de defeitos individuais, não de falhas maiores. Trata-se
de uma filosofia que tomou conta da sociedade britânica com a chegada de
Margaret Thatcher ao poder, em 1979, e que basicamente funciona assim: você é
culpado pela falta de oportunidades. [...] Os políticos insistem em culpar os
indivíduos pela desigualdade”.
Suplemento
Prosa & Verso, O Globo, Rio de Janeiro, 20 ago. 2011, p. 6 (adaptado).
Considerando
as ideias do texto, avalie as afirmações a seguir.
I. Chavs é um apelido que exalta
hábitos de consumo de parcela da população britânica.
II. Os distúrbios ocorridos na
Inglaterra serviram para atribuir deslizes de comportamento individual como
causas de problemas sociais.
III. Indivíduos da classe trabalhadora
britânica são responsabilizados pela falta de oportunidades decorrente da
ausência de políticas públicas.
IV. As manifestações de rua na
Inglaterra reivindicavam formas de inclusão nos padrões de consumo vigente.
É correto o que se
afirma em:
|
a.
|
I e II.
|
|
b.
|
I e IV.
|
|
c.
|
II e III.
|
|
d.
|
I, III e IV.
|
|
e.
|
II, III e IV.
|
Pergunta 4
1. Leia o texto a
seguir:
O
que Portugal tem a ver com o Brasil
Alexandra
Lucas Coelho
Os
portugueses não parecem ter uma boa relação com os brasileiros, disse-me uma
alemã, conhecedora profissional de Portugal e Brasil. Estávamos na Alemanha, o
Brasil temia uma guerra civil, foi há dez dias. Agora, de volta a casa,
continuo a pensar na observação desta veterana, que nada tinha de provocadora,
era só vontade de entender. Mas é impossível ignorar o que se tem manifestado
em Portugal de equívoco face ao Brasil ao longo destes dias.
Segundo
um desses equívocos, provável pai dos outros, o tema da colonização
encerrou-se, chega de falar dele, é passado. Penso o contrário, que mal
começamos, que é presente, e a atual crise brasileira acentua isso. Não só pelo
que expõe das estruturas brasileiras, como pelo que revelou do olhar de
Portugal sobre o Brasil, e sobre si mesmo.
Com
esse nome, o Brasil viveu 322 anos de ocupação portuguesa e 194 de
independência. Se alguém acredita que o tempo da independência poderia já
ter curado o tempo da ocupação, precisa de voltar à história luso-brasileira,
porque o alcance da violência vai longe, e em muitas direções.
Esses
322 anos atuam diariamente naquilo que é hoje o Brasil, na clivagem entre São
Paulo e o Nordeste, nos milhões que ainda moram em favelas na relação
Casa-Grande & Senzala das elites com os empregados, na violência da polícia
que continua a ser militar, no desmando oligárquico dos que controlam aparelhos
e estados, no saque catastrófico da natureza, na traição aos grupos indígenas,
na evangelização dos pobres, radicalizando o conservadorismo num país onde se
morre de aborto. Não é elenco para uma crônica, tem sido e será para muitas,
livros, bibliotecas.
O
lulismo fez coisas importantes contra parte dessa herança (nas desigualdades
mais urgentes, na cultura), não fez o suficiente contra boa parte disto (na
educação, na saúde, na polícia), fez coisas que pioraram isto (um capitalismo
com consequências devastadoras no ambiente e nas questões indígenas) e
historicamente produziu uma geração que o critica e supera pela esquerda num
caldo inédito de periferias politicamente empoderadas e uma nova faixa
politizada vinda da elite.
A
violência sistêmica brasileira tem raízes nas duas violências fundadoras da
colonização portuguesa, extermínio indígena e escravatura africana. Os
portugueses não inventaram a escravatura, mas inauguraram o tráfico em grande
escala. Dos 12 milhões de indivíduos que as potências europeias deportaram de
África até ao século XVIII, 5,8 milhões foram traficados por Portugal. Isto
significa 47 por cento, ou seja, quase metade do tráfico foi assegurado por
Portugal, e a maioria destinava-se a sustentar a colonização do Brasil.
A
escravatura é um horror antiquíssimo, sim, e entre os séculos XV e XVIII a
forma portuguesa de a praticar foi secundada por ingleses, espanhóis,
franceses, holandeses, sim. Mas a Portugal coube esta iniciativa: deportação em
massa, para nela assentar a exploração brutal de um território gigante, à custa
do qual um território minúsculo viveu, como toda uma bibliografia tem mostrado
de forma cada vez mais desassombrada.
Não
aprendi isto na escola, e tenho sérias dúvidas de que a maior parte dos
portugueses faça ideia de que Portugal, sozinho, deportou tantos africanos como
os judeus mortos no Holocausto, com a ajuda teológica e logística da Igreja
Católica, depois de ter levado ao extermínio de ninguém sabe quantos índios,
provavelmente não menos de um milhão.
Com base no texto, assinale a
alternativa correta:
|
a.
|
Para entender o que ocorre no Brasil
atualmente, o tema da colonização portuguesa é passado, encerrou-se, é
desnecessário falar dele.
|
|
b.
|
Os atuais problemas brasileiros, das mais diversas naturezas, tiveram
origem no sistema português de colonização do Brasil, cujos reflexos são
sentidos até hoje.
|
|
c.
|
Os atuais problemas brasileiros
agravaram-se com o lulismo, que pôs fim à herança colonial portuguesa, deu poder
às periferias e politizou as elites.
|
|
d.
|
Os portugueses, que inventaram o
sistema escravocrata, introduziram uma violência sistêmica no território
brasileiro contra índios e africanos.
|
|
e.
|
O fato de os portugueses terem sido
responsáveis por mais da metade do tráfico em grande escala de africanos
escravizados deixou um peso na história brasileira equivalente ao Holocausto.
|
Pergunta 5
1. Leia o texto a
seguir:
Energia
solar contra a escuridão do Amazonas:
Brasil
gera com placas fotovoltaicas apenas 0,02% da produção total de eletricidade
Heriberto
Araújo – 08 maio 2016.
A
visão romantizada da Amazônia convida a pensar num lugar idílico em que a
pegada humana esteja entre as menores do planeta. Mas a vida na maior reserva
natural é dura para o homem, como Daniel Everett narrou em seu clássico Don‘t
Sleep, There are Snakes (Não durma, há serpentes, sem
tradução para o português).
Comunidades
inteiras vivem completamente desconectadas, e não apenas nas profundezas da
selva, mas sim nas movimentadas margens dos rios — únicas vias de comunicação,
num ambiente em que a eletricidade é um bem desejado, escasso e administrado a
conta-gotas.
“No
Estado do Amazonas há mais de dois milhões de pessoas sem eletricidade de
qualidade”, explica Otacílio Soares Brito, membro do Instituto de
Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. “A enorme área da floresta torna inviável
a criação de uma rede de distribuição, e os povoados só conseguem produzir
eletricidade das 6 às 10 da noite, com geradores a gasolina fornecidos pelo
Governo. Depois dessa hora acaba tudo: luz, refrigeração e lazer”, relata do
município amazônico de Tefé.
O
Instituto Mamirauá está desenvolvendo um projeto para fornecer eletricidade por
meio de painéis solares a dezenas de comunidades amazônicas de pescadores e
camponeses, com o objetivo de melhorar suas condições de vida, segundo Soares
Brito.
Duas
comunidades instalaram placas fotovoltaicas — um sistema flutuante, sobre boias
no rio, e o outro no telhado de uma fábrica de gelo — para permitir, um, o
envio da água desde o leito do rio até as casas, e o outro, a fabricação de
barras de gelo. O fornecimento da água do rio por meio de uma bomba elétrica
alimentada por painéis permitiu, entre outras coisas, que as crianças passassem
a tomar quantos banhos quisessem sem que seus pais fiquem com medo que um
jacaré lhes tire a vida na escuridão das margens.
“Estamos
cuidando de melhorar a vida das pessoas, mas também queremos permitir que elas
agreguem valor a produtos como polpa de frutas e peixe. Sem gelo, esses
produtos dificilmente podem ser comercializados no exterior ou simplesmente
conservados”, diz Soares Brito.
Os
resultados positivos da fase experimental estão criando consciência nessa
imensa região normalmente esquecida pelos centros brasileiros de poder,
concentrados no Sudeste e que priorizam as políticas públicas nas regiões
densamente povoadas (de eleitores). Um grupo de pescadores da comunidade
amazônica de Boa Esperança pediu ao Mamirauá a construção de uma pequena
fábrica – prevista para abril – com três congeladores alimentados por painéis
solares para poder extrair das frutas a polpa, congelá-la e vendê-la em
mercados situados a horas de barco do povoado, como Manaus.
A
revolução solar que alguns especialistas preveem para o Brasil durante a
próxima década, após a implementação em 1º de março de novas regras que
permitem, pela primeira vez, a geração distribuída de energia e sua ligação às
redes de distribuição, trará consequências principalmente para os grandes
centros urbanos.
Depois
de três anos de secas históricas e consequentes apagões, que evidenciaram a
excessiva dependência do Brasil de seu sistema hidroelétrico, que gera cerca de
70% da eletricidade consumida, milhões de brasileiros poderão se tornar agora
prosumidores, neologismo que reflete o novo paradigma sob o qual parece avançar
a geração de eletricidade: o consumidor é o produtor de pelo menos uma parte de
sua demanda.
“Estamos
diante do início de uma revolução, porque pela primeira vez a sociedade
brasileira pode participar diretamente da criação de uma nova matriz
energética”, diz Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira de Energia
Fotovoltaica (Absolar).
As
regras aprovadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) permitem,
segundo Sauaia, “a geração compartilhada de energia solar entre vários
clientes, que podem se agrupar em forma de consórcio ou de cooperativas, assim
como a conexão de seus sistemas fotovoltaicos domésticos ou comerciais à rede
elétrica para abastecê-la quando os painéis produzirem mais do que o que é
consumido, e vice-versa”.
A
Absolar estima que, se fossem instalados painéis solares em todas as
residências do país, a produção de energia abasteceria mais que o dobro da
totalidade da demanda dos domicílios brasileiros. Os especialistas indicam que
a região brasileira menos exposta à irradiação solar tem potencial para gerar
pelo menos 25% mais energia que a região mais favorecida na Alemanha, país que
já gera cerca de 7% de sua eletricidade com placas fotovoltaicas.
Disponível
em .
Acesso
em 10 jun. 2016.
Com base na
leitura, analise as afirmativas:
I. O novo paradigma da geração de
energia elétrica é o de que o próprio consumidor produza 30% da sua demanda,
tornando-se proconsumidor.
II. De acordo com a estimativa da
Absolar, a instalação de painéis solares em todas as residências do país faria
com que a produção brasileira de energia superasse a alemã em 18%.
III. O projeto desenvolvido pelo
Instituto Mamirauá tem como foco comunidades da Amazônia, onde há
aproximadamente dois milhões de pessoas sem acesso à energia elétrica de
qualidade.
IV. O principal problema da Amazônia é
a seca, que afeta sua produção hidrelétrica e, por isso, a energia solar é uma
boa alternativa.
Assinale a
alternativa correta:
|
a.
|
Todas as afirmativas são corretas.
|
|
b.
|
Apenas as afirmativas I e II são
corretas.
|
|
c.
|
Apenas a afirmativa III é correta.
|
|
d.
|
Apenas as afirmativas II, III e IV
são corretas.
|
|
e.
|
Nenhuma afirmativa é correta.
|
Pergunta 6
1. (Enade 2010) Leia o
excerto a seguir:
De agosto de 2008 a janeiro de 2009, o
desmatamento na Amazônia Legal concentrou-se em regiões específicas. Do ponto
de vista fundiário, a maior parte do desmatamento (cerca de 80%) aconteceu em
áreas privadas ou em diversos estágios de posse. O restante do desmatamento ocorreu
em assentamentos promovidos pelo INCRA, conforme a política de Reforma Agrária
(8%), unidade de conservação (5%) e em terras indígenas (7%).
Disponível
em .
Acesso
em 26 ago. 2010 (com adaptações).
Infere-se do
texto que, sob o ponto de vista fundiário, o problema do desmatamento na
Amazônia Legal está centrado:
|
a.
|
Nos grupos engajados na política de
proteção ambiental, pois eles não aprofundaram o debate acerca da questão
fundiária.
|
|
b.
|
Nos povos indígenas, pois eles
desmataram a área que ocupavam mais do que a comunidade dos assentados pelo
INCRA.
|
|
c.
|
Nos posseiros irregulares e proprietários regularizados, que
desmataram mais, pois muitos ainda não estão integrados aos planos de manejo
sustentável da terra.
|
|
d.
|
Nas unidades de conservação, que
costumam burlar leis fundiárias; nelas, o desmatamento foi maior do que o
realizado pelos assentados pelo INCRA.
|
|
e.
|
Nos assentamentos regulamentados pelo
INCRA, nos quais o desmatamento foi maior do que o realizado pelos donos de
áreas privadas da Amazônia Legal.
|
Pergunta 7
1. (Enade 2007) Leia o
excerto a seguir:
Vamos supor que você recebeu de um
amigo de infância e seu colega de escola um pedido, por escrito, vazado nos
seguintes termos: “Venho mui respeitosamente solicitar-lhe o empréstimo do seu
livro de Redação para Concurso, para fins de consulta escolar.”
Essa solicitação em
tudo se assemelha à atitude de uma pessoa que:
|
a.
|
Comparece a um evento solene vestindo
smoking completo e cartola.
|
|
b.
|
Vai a um piquenique engravatado, vestindo terno completo, calçando
sapatos de verniz.
|
|
c.
|
Vai a uma cerimônia de posse usando
um terno completo e calçando botas.
|
|
d.
|
Frequenta um estádio de futebol
usando sandálias de couro e bermudas de algodão.
|
|
e.
|
Veste terno completo e usa gravata
para proferir uma conferência internacional.
|
Pergunta 8
1. Leia o texto a
seguir:
EUA
e China anunciam acordo para reduzir emissão de gases poluentes
Os presidentes Barack Obama, dos
Estados Unidos, e Xi Jinping, da China, assinaram nesta quarta-feira
(12.11.2014) em Pequim um acordo para a luta contra a mudança climática, que
incluirá reduções de suas emissões de gases do efeito estufa na atmosfera.
A
iniciativa constitui o primeiro anúncio de corte das emissões de gases
poluentes por parte da China e mais um pelos EUA. Pelo acordo, os EUA
pretendem cortar entre 26% e 28% as emissões de gases em até 11 anos, ou seja,
até 2025, o que representa um número duas vezes maior que as reduções previstas
entre 2005 e 2020.
Os
chineses se comprometem a cortar as emissões até 2030, embora isso possa
começar antes. Segundo o presidente chinês, até lá 20% da energia produzida no
país vai ter origem em fontes limpas e renováveis. Estados Unidos e China
representam juntos 45% das emissões planetárias de CO2, um dos gases apontado
como culpado pela mudança climática. A União Europeia representa 11%. No
mês passado, o bloco se comprometeu a reduzir em pelo menos 40% as emissões até
2030, na comparação com os níveis de 1990.
Disponível
em .
Acesso
em 14 nov. 2014 (com adaptações).
Com base na
leitura, analise as afirmativas:
I. O comprometimento da China em
reduzir as emissões de poluentes até 2030 significa que a poluição proveniente
do país continuará em crescente aumento por mais uma década.
II. Apesar da importância do acordo
entre Estados Unidos e China, a União Europeia será responsável por um corte
maior nos volumes de gases poluentes emitidos do que o corte dos dois países,
uma vez que reduzirá 40% das emissões.
III. Se Estados Unidos e China, juntos,
cumprirem a meta de cortar 28% da emissão dos gases poluentes, eles serão
responsáveis por 27% das emissões planetárias em 2025.
Assinale a
alternativa correta:
|
a.
|
Nenhuma afirmativa está correta
|
|
b.
|
Apenas a afirmativa I está correta.
|
|
c.
|
As afirmativas I e II estão corretas.
|
|
d.
|
As afirmativas II e III estão
corretas.
|
|
e.
|
Apenas a afirmativa III está correta.
|
Pergunta 9
1. Leia o texto a
seguir:
Obesidade,
consumo e política: uma conversa sobre as mudanças mundiais na alimentação
Por
que estamos engordando? O que a política tem a ver com os alimentos? Por que
não vemos publicidade de legumes na TV?
Essas e outras questões relacionadas às
transformações na alimentação e suas consequências no cenário internacional
foram abordadas por Pedro Graça, diretor do Programa Nacional para a Promoção
da Alimentação Saudável do Ministério da Saúde de Portugal e doutor em Nutrição
Humana pela Universidade do Porto. Em visita ao Brasil, ele participou do
Seminário Internacional: Escolhas Alimentares e seus Impactos, no Sesc Santos.
Confira algumas questões levantadas.
Estamos engordando: Ao comparar gráficos da presença
da obesidade nas populações dos Estados Unidos e da área rural de Bangladesh,
por exemplo, o professor Pedro Graça conclui: essa é uma epidemia global. A
obesidade cresceu nos últimos 20 anos não só em países industrializados, com
ampla oferta de alimentos, mas chegou até áreas rurais da Ásia.
Os mais pobres engordam mais: Até recentemente, acreditava-se
que essa era uma epidemia que atingia principalmente as populações que estavam
melhorando economicamente, associada ao acesso à alimentação, ao acesso à
caloria, à gordura, à proteína. Mas não é bem assim: “O que nós estamos a viver
é não só o aumento da doença no mundo inteiro, mas, ao contrário do que se
esperava, quem é mais afetada é a população mais carente, mais vulnerável.
Pobreza e obesidade se aproximam de tal maneira que a pessoa pode ter fome e
ser obesa ao mesmo tempo. Coisa que para nós da biologia é um paradoxo”,
afirma.
Somos treinados para engordar: “Nós somos uma máquina de
engordar”. Isso porque a capacidade de acumular reservas de energia na forma de
gordura foi essencial para a sobrevivência do ser humano, diante da escassez de
alimentos. “O ser humano está preparado para lidar com a fome há dois milhões
de anos. E começou a lidar com excesso de calorias há 50 anos. Não estamos
preparados biologicamente para isso”, afirma Pedro.
O que mudou?: Diversas alterações demográficas
causaram mudanças na alimentação: a entrada da mulher no mercado de trabalho e
na vida acadêmica, o envelhecimento da população e a necessidade de se
trabalhar mais horas são alguns exemplos. E, se aumenta o tempo do trabalho, o
que fica para trás é o tempo de cozinhar e de ficar com os filhos. Os alimentos
que já vêm prontos têm, portanto, muito mais apelo do que aqueles que exigem
tempo e conhecimentos culinários para o preparo. Além disso, em muitos lugares
é mais fácil e barato encontrar produtos ultraprocessados e calóricos – ricos
em açúcar, sal e gordura – em vez de alimentos frescos.
Você já viu propaganda de alface na
TV?: Provavelmente
não. Mas vemos diariamente publicidade de produtos ultraprocessados e super
calóricos, não é mesmo? Pedro Graça chama atenção para o fato de que grandes
indústrias alimentícias lucram muito, enquanto quem trabalha no campo com
frutas e legumes, em geral, tem ganhos pequenos e são os que mais sofrem com as
oscilações na economia e nos preços dos alimentos. Assim fica fácil entender
como um lado tem muito mais capacidade de investir e produzir comunicação
(publicidade, marketing etc.) do que o outro.
É preciso reconhecer o ambiente: De acordo com o pesquisador W.
Philip James, durante décadas pensou-se que a atenção e o esforço individual
fossem suficientes para prevenir a obesidade, porém depois de décadas desse
esforço, as taxas de ganho de peso continuaram a subir. Essa epidemia
reflete a presença de um ambiente tóxico ou obesogênico. Isso significa que não
adianta ensinar as pessoas sobre alimentação saudável, se não há um ambiente
favorável a isso, ou seja, se não há oferta de alimentos saudáveis em local
próximo, a preços acessíveis.
“Eu tenho primeiro que me preocupar com
as condições que existem ou que eu posso criar para que o suco de laranja
apareça, para em seguida dizer como é importante consumir suco de laranja”,
exemplifica Pedro Graça.
Disponível
em .
Acesso
em 08 jun 2016 (com adaptações).
Com base na leitura, analise as
afirmativas e assinale a alternativa correta:
I. De acordo com o texto, o cuidado com
o peso é uma questão de educação individual e a obesidade aumenta entre os mais
pobres por falta de instrução.
II. As alterações no modo de vida têm
responsabilidade pelo aumento da obesidade, uma vez que há incentivo ao consumo
de produtos ultraprocessados, mais práticos do que os alimentos frescos.
III. A melhora econômica facilita o
acesso da população aos alimentos e, consequentemente, aumenta a prevalência de
obesidade...
IV. A propaganda e o marketing têm
influência sobre a venda de produtos industrializados e atingem apenas as
regiões urbanas.
Assim:
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a.
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Nenhuma afirmativa está correta.
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b.
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As afirmativas I e II estão corretas.
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c.
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Apenas a afirmativa II está correta.
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d.
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As afirmativas III e IV estão
corretas.
|
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e.
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As afirmativas II e III estão
corretas.
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Pergunta 10
1. Leia o texto a
seguir:
Quem
tem o direito de falar?
Estabelecer
que minorias só podem falar dos problemas de seu grupo é uma forma astuta de
silenciamento.
A política não é uma questão apenas de circulação
de bens e riquezas. Ou seja, ela não se funda simplesmente em uma decisão a
respeito de como as riquezas e os bens devem circular, como eles devem ser
distribuídos. Embora essa seja uma questão central que mobiliza todos nós, ela
não é tudo, nem é razão suficiente de todos os fenômenos internos ao campo que
nomeamos "política". Na verdade, a política é também uma questão de
circulação de afetos, da maneira com que eles irão criar vínculos sociais,
afetando os que fazem parte destes vínculos.
A maneira com que somos afetados define
o que somos e o que não somos capazes de ver, o que somos e não somos capazes
de sentir e perceber. Definido o que vejo, sinto e percebo, define-se o campo
das minhas ações, a maneira com que julgarei, o que faz parte e o que está
excluído do meu mundo.
Percebam, por exemplo, como um
dos maiores feitos políticos de 2015 foi a circulação de uma mera foto, a foto
do menino sírio morto em um naufrágio no Mar Mediterrâneo. Nesse sentido,
foi muito interessante pesquisar as reações de certos europeus que invadiram
sites de notícias de seu continente com posts e comentários.
Uma quantidade impressionante deles
reclamava daqueles jornais que decidiram publicar a foto. Por trás de sofismas
primários, eles diziam basicamente a mesma coisa: "parem de nos mostrar o
que não queremos ver", "isto irá quebrar a força de nosso
discurso".
Pois eles sabiam que seu fascismo
ordinário cresce à condição de administrar uma certa zona de invisibilidade. É
necessário que certos afetos não circulem, que a humanização bruta produzida
pela morte estúpida de um refugiado não nos afete. Todo fascismo ordinário é
baseado em uma desafecção. Toda verdadeira luta política é baseada em uma
mudança nos circuitos hegemônicos de afetos. Prova disso foi o fato de tal foto
produzir o que vários discursos até então não haviam conseguido: a suspensão
temporária da política criminosa de indiferença em relação à sorte dos
refugiados.
Mas essa quebra da invisibilidade
também se dá de outras formas. De fato, sabemos como faz parte das dinâmicas do
poder decidir qual sofrimento é visível e qual é invisível. Mas, para tanto,
devemos antes decidir sobre quem fala e quem não fala, qual fala ouvirei e qual
fala representará, para mim, apenas alguma forma de ressentimento.
Há várias maneiras de silêncio. A mais
comum é simplesmente calar quem não tem direito à voz. Isso é o que nos lembram
todos aqueles que se engajaram na luta por grupos sociais vulneráveis e objetos
de violência contínua (negros, homossexuais, mulheres, travestis, palestinos,
entre tantos outros).
Mas há ainda outra forma de silêncio.
Ela consiste em limitar sua fala. Assim, um será a voz dos negros e pobres, já
que o enunciador é negro e pobre. O outro será a voz das mulheres e lésbicas,
já que o enunciador é mulher e lésbica. A princípio, isto pode parecer um ato
de dar voz aos excluídos e subalternos, fazendo com que negros falem sobre os
problemas dos negros, mulheres falem sobre os problemas das mulheres, e por aí
vai.
No entanto, essa é apenas uma forma
astuta de silêncio, e deveríamos estar mais atentos a tal estratégia de
silenciamento identitário. Ao final, ela quer nos levar a acreditar que negros
devem apenas falar dos problemas dos negros, que mulheres devem apenas falar
dos problemas das mulheres.
Pensar a política como circuito de
afetos significa compreender que sujeitos políticos são criados quando
conseguem mudar a forma como o espaço comum é afetado. Posso dar
visibilidade a sofrimentos que antes não circulavam, mas quando aceito limitar
minha fala pela identidade que supostamente represento, não mudarei a forma de
circulação de afetos, pois não conseguirei implicar quem não partilha minha
identidade na narrativa do meu sofrimento.
Minha produção de afecções continuará
circulando em regime restrito, mesmo que agora codificada como região
setorizada do espaço comum. Ser um sujeito político é conseguir enunciar
proposições que implicam todo mundo, que podem implicar qualquer um, ou seja,
que se dirigem a esta dimensão do "qualquer um" que faz parte de cada
um de nós. É quando nos colocamos na posição de qualquer um que temos mais
força de desestabilização de circuitos hegemônicos de afetos.
O verdadeiro medo do poder é que você
se coloque na posição de qualquer um.
Disponível
em .
Acesso
em 13 jun. 2016.
Leia as afirmações
a seguir:
I. Segundo o autor, grupos de minorias
estão sendo silenciados, pois vivemos em um regime autoritário, não
democrático.
II. O autor defende que os políticos
sejam os legítimos representantes dos grupos minoritários, já que as minorias
tendem a ser silenciadas na sociedade.
III. A publicação da foto do menino
sírio, morto no naufrágio ao tentar chegar à Europa como imigrante, foi,
segundo o texto, uma forma de sensacionalismo da imprensa e, por isso, gerou
conflitos políticos.
Assinale a
alternativa correta:
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a.
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Todas as afirmativas são corretas.
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b.
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As afirmativas I e II são corretas.
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c.
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As afirmativas II e III são corretas
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d.
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Apenas a afirmativa III é correta.
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e.
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Nenhuma alternativa é correta.
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Obrigada se não fosse pela ajuda de vcs eu não tinha melhorado a minha nota.O meu muuuuuito obrigada
ResponderExcluirmuito bom mesmo, muito bom obrigado a vcs
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